Para brasileiros que amam viagens acompanhadas de boa comida, vinhos, compras e paisagens incríveis, o Uruguai é o destino cada vez mais procurado nas férias. O caminho mais curto de carro entre Porto Alegre e Montevidéu é passando pela fronteira Jaguarão-Rio Branco. São cerca de 800 km – aproximadamente 4 horas e 50 minutos até Jaguarão e outras 5 horas e 50 minutos até a capital do Uruguai.
No final do último ano fui até a inauguração do Panda, o novo e moderno free shop que passou a operar em Rio Branco no final do ano e que é parceiro comercial do Grupo RBS. Como tinha o fíndi a minha disposição, resolvi conferir a qualidade das estradas do Uruguai e também as cidades pitorescas de Rio Branco até Montevidéu.
Vamos lá?
Río Branco – Uruguai
Foto: Ponte Internacional Barão de Mauá. Créditos: Nauro Jr./Agência RBS
Rio Branco fica no departamento de Cerro Largo e é uma cidade movimentada principalmente pelos free shops. É ligada a Jaguarão pela Ponte Internacional Barão de Mauá, que foi construída entre 1927 e 1930 e é reconhecida como o primeiro patrimônio cultural do Mercosul.
No jantar, a sugestão é o restaurante Batuva (Rua Gal. Artigas 208, Rio Branco), no lado uruguaio, à beira do Rio Jaguarão. Peça batata com creme de queijo e o bife de chorizo (se quiser realmente mal passado, reforce o pedido). O Batuva não aceita cartão de crédito, somente reais ou pesos em espécie.
Para estadia, a opção é dormir uma noite em um dos hotéis de Jaguarão – La Torre (simples, mas super de boa) e Sinuelo (nunca fiquei, mas tenho referências boas) são alguns deles. Hospedagens alternativas podem ser conferidas em sites como Hoteis.com e Booking.
Aproveite também para dar um passeio por Rio Branco, vá até o Panda Free Shop e compre o necessário para sua viagem. Já faça a listinha do que vai levar na volta, quando estiver voltando pra casa. No fim desse post tem uma provinha do que encontrei por lá!
Por las rutas del Uruguay
Mapa:
Em distâncias maiores, especialmente internacionais, uso o Google Maps (aqui você pode conferir o caminho que fiz). Se não quiser comprar um chip de celular em Rio Branco para garantir conexão de dados, a opção é baixar o mapa antes da viagem. Só confira se toda a região por onde você vai passar está contemplada no download.
Documentos:
Antes de sair da sua cidade, garanta a Carta Verde (um tipo de seguro que cobre danos materiais e pessoais de terceiros, mas não os seus – fale com seu corretor de seguros para contratar), sua carteira de motorista, o documento original do automóvel e, caso o veículo seja financiado ou em nome de outra pessoa, será preciso ter uma procuração ou uma autorização, ambas reconhecidas em cartório. Para identificação pessoal você pode escolher: ou a cédula de identidade, com emissão há menos de dez anos, ou seu passaporte. Tudo isso deve ser apresentado no posto da polícia uruguaia que fica na saída de Rio Branco, já na Ruta 18.
Dinheiro:
A melhor cotação reais por pesos quase sempre é na fronteira. Nos últimos anos não tem valido a troca por dólar – a não ser que você já tenha a moeda. Se for comprá-la, faça o cálculo na época (já que a variação tem sido grande). O pedágio aceita moeda local, reais, pesos argentinos e dólares. Aqui você localiza os peajes e o valor cobrado de acordo como o veículo.
E é por aí que a viagem começa – a Ruta 18. Tranquila, sem movimento de turistas e com poucos caminhões. Vá sem pressa, afinal, o caminho é uma das partes bacanas passeio pelo Uruguai.
Treinta y Tres – Uruguai
Siga pela Ruta 18 por 1h40 até Treinta y Tres, capital do departamento com o mesmo nome. Se você saiu pela manhã, que tal tomar um desayuno nessa cidade cujo nome tem relação direta com o Brasil.
O departamento possui esse nome pois 33 Orientales foram um grupo de 33 pessoas liderados por Juan Antonio Lavalleja que em 1825 partiram da Argentina para recuperar a independência da então Província Oriental, que estava sob domínio brasileiro desde 1817. Deste movimento surge o Estado Oriental del Uruguay, primeira denominação da atual República Oriental del Uruguay.
A cidade é considerada a capital do folclore uruguaio e mantém a característica de oposição política pelos muros e paredes. Passei rapidamente por lá para o café da manhã e descobri a Espacio Dulce (Manuel Lavalleja, 33.000).
Pedi um sanwich americano (com pão de miga – um pão de forma com massa superleve e geralmente sem casca, queijo, presunto, tomate, alface e ovo cozido), uma media luna com queijo e presunto, além de café. Muuuito café! Geralmente não é a melhor opção no Uruguai, mas este foi uma surpresa boa.
Um lugar simples e delicioso, com a vista para a praça principal. Quer encontrar um lugar tradicional onde comer em uma cidade do interior uruguaio?
Procure a praça que tem a igreja e/ou os Três Poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário) no entorno!
Em Treinta y Tres pegamos a Ruta 8 – é por ela que vamos até Montevidéu!
Minas – Uruguai
Duas horas e vinte minutos depois de Treinta y Tres encontrei uma das cidades mais lindas que já conheci no interior do Uruguai. Entrei em Minas para um almoço tardio e delicioso. Mesmo em uma passagem rápida, anotei alguns locais que ainda quero visitar quando voltar, como o Parque de Salus com suas trilhas e belezas naturais. É de lá que sai a água mineral super conhecida no país (Salus).
Tem também a queda d’água Salto del Penitente, o Parque Rodó (no mesmo estilo do homônimo que fica em Montevidéu), o Parque y Represa OSE e o Cerro Arequita. Ah, e um pouco antes de chegar a Minas fica a Villa Serrana, uma vila de descanso em estilo europeu fundada em 1946 e que hoje tem cerca de…. 100 moradores! Neste link é possível conferir algumas das atrações.
O paraíso das delícias
Foi um super almoço – o que me fez dar uma paradinha na estrada em seguida no caminho para Montevidéu porque bateu o sono. As fotos a seguir explicam o motivo.
Sério, eu sei que as porções no Uruguai são bem servidas. Porque insisto nesta quantidade de comida?
A língua ao vinagrete da entradinha já seria uma almoço suficiente, né.
Saudades… como gosto disso!
Mas aí resolvi que queria um pedaço de porco na parrilla – e como fazem bem essa carne! Suculenta e tenra.
E, por algum motivo inexplicável, a fitness só que não aqui resolveu pedir também uma ceasar salad…
O restaurante onde estava é esse, o Ki-Joia (Calle Domingo Pérez, em frente ao Parque Libertad).
Antes de ir embora ainda fui conhecer a Confitería Irisarri que funciona desde 1898.
É ali que são produzidas as yemas, doces com gema de ovos e açúcar. Veja que interessante – um doce tipicamente português, sendo produzido no interiorzão do Uruguai. Quando digo que somos todos muito hermanos, não falo à toa: Pelotas é pertinho de Rio Branco.
E o quindim era delicioso.
A partir daí já estamos pertinho. Em duas horas já estamos em Montevidéu.
Montevidéu – A deliciosa capital uruguaia
Você pode seguir pela Ruta 8 até Montevidéu, ou fazer como fiz: em Pando pegar ruta costeira. Vai passar pelo aeroporto de Carrasco e tomar a Rambla Costera. Era minha primeira vez dirigindo até lá e foi tão emocionante que parei em uma das minhas partes preferidas: Playa Malvin.
Um final de tarde desses pede uma cerveja bien fría. E foi o que fiz no outro dia, já em Pocitos. Outra praia com uma buenísima vibra.
Vai dizer que não é o máximo?
São vários lugarzinhos incríveis que descubro a cada ida a Montevidéu. Além, é claro, dos antigos, que amo e fazem parte de uma espécie de ritual do qual não abro mão:
Mercado Ferrando
Meu pequeno grande novo amor na capital uruguaia é o Mercado Ferrando (Calle Chaná, 2120, bairro Cordón). Quem conhece Madrid vai lembrar dos mercados de San Antón, San Miguel ou San Idelfonso. Era uma fábrica de móveis hospitalares com mais de 2.000 quadrados que estava se deteriorando com o tempo e o descuido. Há um ano reabriu como mercado: balcões de comidas com parrilla, hambúrguer, pratos peruanos e até pokes havaianos, loja de vinhos uruguaios vendidos em taças ou garrafas, cervejaria artesanal, livraria, mercado de produtos frescos e um café fazem do lugar uma experiência completa.
No blog tem mais dicas sobre o Mercado Ferrando.
Mercado del Puerto
Aquele clássico quem tem a cara dos domingos em Montevidéu.
Como eu já tinha almoçado no Mercado Ferrando, fiz um lanchinho – achuras e uma taça de vinho da casa.
Sério, essa vibe não tem igual.
Pra quem curte o passeio até o Mercado del Puerto mas quer tentar algo diferente na Ciudad Vieja, a cerca de 500 metros dali, encontra o La Fonda (Pérez Castellano 1422 entre 25 de Mayo e Washington).
Passei pela frente e descobri que é uma mistura de restaurante, café e bar. Vegetais orgânicos, carnes e opções de brunch nos finais de semana.
Baco Vino y Bistrô
O Baco (José Luis Zorrilla de San Martín, 96) serve só vinhos da América do Sul e com uma grande quantidade deles em taças – e com valor acessível. É comandado pela francesa Sophie e o argentino Matias. É a mesma batida do Bar Baco que existe em Santiago do Chile e pertence ao pai da Sophie.
Além dos valores e sabores para todos os gostoso e bolsos, o lugar abre todos os dias do meio-dia até a uma da manhã.
Panda Free Shop – Rio Branco, Uruguai.
Foi uma das viagens mais gostosas que já fiz. Temos Montevidéu pertinho, ao alcance de um feriado prolongado. Super obrigada, Panda Free Shop, pelo desafio e pela oportunidade de trabalhar com vocês. Olha aí a Juju Massena, a Pam Zottis e a Duda Buchmann e eu no dia da inauguração.
Abaixo tem uma pequena seleção do que curti lá no Panda. Gente, tem muita coisa! Quem for para o Uruguai precisa conhecer!
Divirtam-se!
* Conteúdo produzido no formato de branded content para Panda Free Shop – Rio Branco.
Panda Free Shop
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