Há duas semanas fiz algo com o que sonhava há anos: fui dirigindo, de carro, sozinha até Montevidéu.

A ideia surgiu com a parceria comercial com o Panda Free Shop, o novo e gigantesco free shop aberto em Rio Branco, na fronteira com Jaguarão. Para quem não sabe, esse é o caminho que conecta mais rapidamente as capitais: de Porto Alegre até Rio Branco são 4 horas e meia. Dali até Montevidéu, outras 5 horas e meia. A viagem total leva 10 horas e 40 minutos.

Ainda vou contar aqui no blog sobre tudo que descobri nesse caminho delicioso. Mas hoje mostro pra vocês um lugar novo e super bacana de Montevidéu: o Mercado Ferrando

Quem conhece Madrid vai lembrar dos mercados de San Antón, San Miguel ou San Idelfonso. Ou qualquer um dos Time Out espalhados pela Europa. O que têm em comum? Simplicidade, boa comida e bebidas em taça ou copo.

O prédio com fachada em art déco, super tradicional em Montevidéu e também Buenos Aires (ali, do outro ladinho do Rio da Prata) foi construído nas primeiras décadas do século passado. Era uma fábrica de móveis hospitalares com mais de 2.000 quadrados que estava se deteriorando com o tempo e o descuido.

Hoje, é um lugar super visitado em Montevidéu. A noite de sábado é tipo balada – galera toma os espaços internos e externos com seus copos e taças. Os dias de domingo já são mais família. Tá valendo igual!

Os criativos nomes dos balcões de comida. No caso, esse é uma banca de comida peruana. E só de lembrar deste ceviche dá vontade de voltar correndo lá e pedir a porção grande, não a chica que aparece nesta foto!

Os balões e bandeiras coloridos do domingo que visitei o Mercado Ferrando marcavam o dia do aniversário de um ano do lugar.

Quem mais ficou apaixonado por esse pátio externo?

Como era o aniversário, o estacionamento coberto foi transformado em uma feira de food trucks, banquinhas móveis e feira de reparos.

Não, eu não provei estes doces. Sim, eu me arrependo enquanto escrevo esse post e revejo as fotos.

Tava louca pra mostrar esse suco para vocês! Além de serem super deliciosos – naquela batida saudável do prensado a frio – EU ME APAIXONEI POR ESSA GARRAFINHA. Cada garrafa custava cerca de R$ 16, fazendo o câmbio. Trouxe duas pra casa. Agora, servem pra levar água na bolsa – têm pouco menos de 400 ml cada.

A cerveja artesanal também chegou para ficar em Montevidéu.

A cara de felicidade da pessoa diz tudo, né? Ps: ainda não tinha nem pedido a primeira taça de vinho rosé.

Mas, em seguida, veio, né!

No andar de cima do Mercado Ferrando, onde estou naquela foto, tinha sido recém inaugurada a parrilla do lugar. E sim, também servindo porções em pratinhos. E vinhos em taças.

Como era dia de festa, tinha uma Feira de Reparos rolando por lá.

Eu pirei nessa ideia.

Galera levava qualquer coisa que estivesse parada em casa por estar estragada. E alguém, lá, arrumava!

Tinha as gurias da encadernação e reparo de livros…

Este senhor que mandava muito nos eletrônicos. Isso é um aspirador de pó, daqueles antigos.

Já essas meninas arrumavam praticamente tudo: utensílios, acessórios, roupas, enfim, eram fadinhas do lugar!

Baita ideia pra desenvolver mais por aqui, né? Já existem artesãos organizados dessa maneira.

Bom, mas deixa eu falar um pouco dos vinhos uruguaios também. Tem uma vino tienda lá (esse nome foi dado por mim, tá?): o Madirán Almacén de Vinos (aqui tem o link do Insta deles).

É muito bacana, porque além de só ter vinhos uruguaios, são várias, várias mesmo, opções em taças.

E como em qualquer lugar do mundo o vinho une as pessoas, a sequência de fotos abaixo comprova isso.

Eu, o Lucas Pérez, que me deu uma aula de vinhos e me vendeu uma caixa deles (que voltei para buscar de carro no outro dia – das maravilhas de não ter que lidar com excesso de peso no avião, né) por um preço maravilhoso, e duas pessoas hermosas que esqueci os nomes, mas que são mãe e filho e amam vinhos também!

Ela, por sinal, me sugeriu levar um Albarinho espetacular, stay tuned que ainda vou falar bastante sobre o tema!

Sim, porque além do tradicional Tannat, tem muitos outros que estão sendo produzidos pelo Uruguai com extrema qualidade. Os brancos albarinho, sauvignon blanc e chardonnay já são exportados para o Velho Mundo. Os tintos cabernet franc e tempranillo causam furor entre os apreciadores.

Bom, esse post fica por aqui. Tá difícil me despedir desse tema. O consolo é que logo volto com mais posts sobre o Uruguai!

Mercado Ferrando

Calle Chaná, 2120, bairro Cordón, Montevidéu – Uruguai.

De segunda a sábado, das 8h à 1h, domingos das 9h às 16h.

Se você curte o Uruguai, dá um confere nesses posts aqui. São mais antiguinhos, mas as atrações seguem super interessantes:

Montevidéu: restaurantes e vinícolas para degustar ao máximo a capital uruguaia

Montevidéu: um guia para viver e se apaixonar pela capital uruguaia

Rivera: Conheça os queijos uruguaios e saiba como armazená-los