É daquelas experiências inesperadas: você está no centro da cidade, precisa almoçar e quer descobrir um lugar novo. Dei duas voltas com o carro até ler o letreiro “Restaurante Oriental Vegetariano“. Aí lembrei que já tinha visto nas redes sociais alguma coisa sobre ele. Resolvi entrar. Estacionei e rumei, agitada de feliz de conhecer um novo lugar! Até porque vegetariano anda raro – o pessoal agora tá ou vegano, ou carnívoro (e já eu, estou tudo, inclusive com fome pra variar enquanto escrevo esse post).
O lugar é simples, mas super ajeitadinho.
Olha o detalhe do desenho na parede e da cortininha à direita, que dá na cozinha.
Ah, os donos são taiwaneses (não confunda!) e estão há quase 20 anos por aqui.
Cheguei já era quase uma da tarde. As coisas não estavam super arrumadas, mas a comida seguia sendo reposta rapidamente e muita gente ainda entrou depois de mim.
Esse detalhe do amendoim já me ganhou.
Vou dizer pra vocês – tudo é saboroso. Não, não é light. Sim, tem aquele gostinho de comida oriental que a gente conhece. Mas gente, se é pra fazer uma festa do carboidrato, esse é o lugar certo!
Assim, ó: vai DIRETO nesse bolinho de gergelim com batata-doce. Nem discute, por favor!
Conheço por GYOZA – mas a grafia muda de um país oriental pra outro. Não importa – esse pastelzinho recheado é tão, tão bom que eu voltava agora só pra comer mais!
A massa dessas esfirras com gergelim e amendoim era fofinha, fofinha!
Essa pizza não provei. Mas queria dizer pra vocês, gente, que tem. 😉
Yakissoba, tem. Macarrão de arroz (bifum dos meus amores) também, mas tava do lado e não fotografei. Mas comi. MUITO.
Agora, para tudo: isso é proteína de soja. Frita, temperada, misturada com sei lá o que – só sei dizer que eu jurei que era carne. Tá, eu sabia que não podia ser. Mas parecia!
Não sobrou espaço pros pasteizinhos, mas contam que estavam rechados com ricota.
Acho que são os rolinhos primaveras mais fritos que já vi. Perfeito pra entrar na onda do almoço! Sim, tem muita fritura, mas é daquela que dá gosto pelo sabor (me julguem)!
Você pode pedir bebidas, mas pra que, se o chá de jasmin quentinho está disponível, na quantidade que quiser, para acompanhar a refeição?
E se você tiver minha imaginação e otimismo, no segundo copo já pensa “olha só, equilibrei o almoço, tá vendo?”
A sobremesa é toda baseada em frutas. Aquele creme ali é de iogurte (não me pergunte como, mas tinha uma portenha almoçando no local e tive que pedir detalhes pra ajudá-la na tradução – esses momentos que só lugares assim fazem por você!)
Aí olha, meu chá de jasmin que (falando em portenhos) eu só achava no Barrio Chino, em Buenos Aires, tá à venda no Formosa!
Não falei que o nome do lugar era Formosa, né? É que descobri quando estava indo embora. Ainda levei um bolinho desses pro lanche!
Super curiosa pra saber qual é o recado da minha mesa. Alguém ajuda?
A Cristina (nome ocidental, não me pergunte o oriental que não tenho como escrever) é uma querida. A taiwanesa te recebe com um sorriso no rosto e te responde todas as perguntas – especialmente aquelas de uma jornalista bem doida de descobrir um lugar novo em Porto Alegre (que já tem quase 10 anos, mas é novo pra mim, então vale)
Achei tão cute o cardápio (que fica na entrada) que fotografei pra vocës. Note bem – só o chá GELADO é cobrado. Mas, como diz a Cristina, “chá tem de ser quente”. <3
O mais bacana é que saí com uma sensação que misturava o bairro da Liberdade, em São Paulo, com o barrio Chino, em Buenos Aires. Aviso de novo – o lugar é singelo, é simples, mas serve exatamente a comida que propõem. E tem aquele quê de democrático, de o mundo é maior que teu quarto – e tua cozinha!
Coisa linda.
Endereço: Rua Jerônimo Coelho, 357 – Centro Histórico – Porto Alegre
Telefone: (51) 3108-1666
Funcionamento: de segunda a sábado, das 11h30 às 14h30
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