A lareira ao lado da mesa num dos dias mais frios do ano fez do Orquestra de Panelas meu refúgio naquela sexta-feira.

Há anos, naquela época cursinho pré-vestibular, vinha a Porto Alegre com os amigos de Novo Hamburgo com a grana contadinha e uma intenção – comer (veja que o Roteiro da Sara já existia em essência!) e foi quando visitei pela primeira vez ao Orquestra. Foram décadas até voltar. Quando isso aconteceu, curti tanto que fui duas vezes no mesmo mês. Na primeira, eu e uma amiga, a Vanessa Musskopf, dividimos dois pratos do menu executivo: massa à carbonara (R$ 30) e filé à parmegiana com purê de batatas (R$ 40).

Difícil dizer qual estava melhor – deliciosos! Bem servidos, carne no ponto, molho de tomate fresquinho!

Ah, mas espera aí: antes, teve o couvert. A primeira porção é grátis.

Acompanha azeite temperado e uma geleia de tomate confeitado.

Pedimos também os famosos pasteis de siri da casa. Gostamos sim, mas não sei se pediria de novo – tem tanta outra coisa deliciosa pra provar. E provar. E provar…

Pra não deixar barato, que ninguém aqui é boba, né, a gente finalizou com a sobremesa que acompanhava o menu executivo: pudim. E que beleza de pudim [escrevi de novo, só pelo prazer de gravar em negrito essa delícia].

Notou a calda de caramelo escorrendo, delicada e quase timidamente, pelos ladinhos do generoso quadrado de pudim? Uhum…

Bom, mas eu precisava provar algo do cardápio da noite e dos sábados, também. Deixa explicar: esse cardápio é o real oficial do Orquestra. Porém, no almoços de segunda a sexta, oferecem também o menu executivo, com seis opções de pratos.

Confesso que, sendo fã do prato trivial feito com qualidade, o que é muito bem atendido nas opções executivas, pedi um pouco desconfiada o filé mignon ao vinho do Porto com purê de mandioquinha (R$ 65). Não me faltaria a massa, o bacon, o molho pomodoro?

Acredito que essa foto aqui embaixo responde por mim.

Faz um tempo que estive lá, e ainda consigo sentir a textura consistente e homogênea do purê, com o sabor agridoce do molho.

O filé veio perfeito – o que me deu vontade de entrar correndo na cozinha e abraçar o chef Nicolas Stefanoski. Sabe que tem todo um problema quando falo “quero malpassado”. Vem rosado, vem cru, ou vem… cozido.

Tem outro detalhe que quero contar. Não sou a maior fã de doces, mas vi, na mesa ao lado, o garçom oferecer essa torta de bolacha com brownie, que era a sobremesa que acompanhava o prato executivo. Meu prato era do cardápio normal, e me ofereci para pagar pela sobremesa, mesmo sem constar no menu.

Acabei recebendo na mesa, como uma gentileza.<3

O Nicolas também desenvolveu todo o novo cardápio dessa nova fase do Orquestra de Panelas. São sete entradas, 16 pratos principais e seis sobremesas. O menu executivo, no almoço de segunda a sexta, tem seis opções. O restaurante foi renovado este ano pelos sócios Fabricio Maia e Juliano Barcelos com a recuperação do prédio de estilo neoclássico do começo do século passado e um novo bar, assinado pela importadora Gran Cru e com rótulos muito interessantes. O preço da taça de vinho é R$ 26.

Orquestra de Panelas

Rua Padre Chagas, 196, Moinhos de Vento – Porto Alegre.

Fone: (51) 3346-9439.

De segunda a sexta, das 12h às 15h e das 19h30 às 23h. Sábados, até 15h30 e 23h30.

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