Apenas que precisava abrir esse post com essa foto. Aipim que se desmancha, costela ensopada e batata doce.
Talvez esse prato resuma o restaurante Roma: comida caseira. Da casa da mãe. No caso, a mãe do Victor Pinehiro: a doce Dona Célia.
Ela capitaneia a cozinha com mais quatro ajudantes. A comida é feita com amor e carinho. E experimenta dizer pra ela que o sabor lembra o da casa da sua mãe ou vó: ela te abraça, os olhos se enchem de lágrimas e tá feito dia da dona Célia.
É preciso que você se prepare para ir comer no Roma.
Primeiro, ligue pra lá e consiga uma reserva (confira o telefone e endereço no final do post). O Victor é, como ele mesmo diz, chato do bem e prefere garantir que o cliente tenha um lugar confortável para apreciar a refeição não só com o paladar mas, principalmente, com a mente. Memórias afetivas, gente!
Segundo, porque é um banquete de comida caseira. Duvidou, então vou mostrar pra vocês o que foi surgindo na minha mesa.
Começou com a saladinha.
Maionese no ponto. Achou pouco? Eles servem mais, não tem problema. A ideia são porções pequenas justamente para não haver desperdício. Palmas pra esse tipo de consciência!
Aí a dona Mari chega com o suco do dia: maçã com limão. E me confidencia:
– Descobri ali na mesa dos médicos que até desintoxicante é!
Aí, minha gente… aí é hora de ficar zonza. Olha o que aparece por todos os lados!
Começando pela foto de destaque do post, que vale repetir: aipim, costela ensopada e batata doce. Detalhe: se a dona Célia, que do alto da sapiência dos seus 73 anos não for com a cara do aipim e da batata doce no fornecedor aquele dia, os pratos saem do cardápio até voltarem com mais qualidade. Como na casa da vó, né!
Aí a couve refogada.
Esse purê de batata vai manteiga. Aí as memórias gastronômicas já estavam me fazendo chorar no cantinho…
Ovo com a gema mole. Claro que não vou mostrar meu prato porque virou um pandemônio com tanta coisa boa. Mas essa gema foi pra cima do arroz com feijão, que dúvida…
Só coloquei esses dois porque eles também merecem estar no post.
Será que vocês adivinham o que é isso?
Repolho frito como em um bolinho. Uma receita da mãe da dona Célia que faz o maior sucesso no Roma. Praticamente todas as receitas ela trouxe de casa. Aprendeu menina a alimentar os seus – e os outros!
E o bifezinho feito na chapa que a dona Célia passa oferecendo, toda orgulhosa. E perguntando se você quer naquele ponto, mais passado ou menos. E faz questão de ir buscar na cozinha o que você pediu. Sim, não canso de repetir, parece que a gente tá em casa!!!
Agora, esses bolinhos de batata recheados com carne moída merecem referência especial. São, sem qualquer dúvida, os melhores que já comi. Não tem pra ninguém!
Na foto também o aipim e a batata doce fritos.
Está com fome ainda?
É bom que esteja, porque é hora das sobremesas clássicas. Olha essa mesa!
Esse pudim de leite condensado? Difícil manter a compostura. Difícil…
Já o arroz de leite não está na minha lista top, porque sempre acho que arroz tem que ser salgado. Mas a explicação é simples: não fez parte da gastronomia – logo, memória afetiva – da minha infância.
Agora, essa foto que não tem nada de linda – mas é deliciosa! – é algo que só vi por lá. A ambrosia de forno. Difícil conseguir tirar uma foto dela inteira, porque o pessoal ataca!
Sagu com creme. Sagu com creme. Sagu com creme. Sagu com creme. Sagu com creme.
Quer que eu repita? Com todo o prazer!
S a g u c o m c r e m e.
Esse creme lembra o que a mãe fazia em casa, com açúcar de baunilha (alguém lembra dos saquinhos desse açúcar, no formato de envelopinhos de fermento cor-de-rosa?). Mas esse é apenas leite, açúcar e amido de milho. E fica perfeito. Foi nessa hora que eu me emocionei.
Meu prato é sempre caótico, já disse pra vocês.
Cada um come do jeito que quiser, certo? O importante é ter prazer na refeição.
O Roma é um lugar super simples e acolhedor.
O Roma é pensado mesmo para conforto e qualidade da refeição. Mas preste atenção nas paredes – elas contam histórias de viagens, vinho e gastronomia.
Ah, e tem café. O Victor, filho da dona Célia, é contra cobrar o café na refeição.
Eu pedi um passadinho. Delicioso!
O lugar é disputado e muitas vezes, em dias mais concorridos, algumas pessoas desistem de esperar (por isso, insisto, dá uma ligada pro Victor antes!). Encontrei por lá o pessoal que trabalha na redondeza, médicos, servidores da Polícia Civil e até, olha só…
A turma da comunicação da Arena do Grêmio! Beijo Douglas, Melissa, Gabriela e Daniele! Vocês estão no #RoteirodaSara, viu só? (A Daniele quando me viu lá matou a charada: – ˜Tá #roteirando, né?˜. E estava mesmo!
Pra despedida, mais uma foto da dona Célia. Que posso fazer se foi paixão à primeira vista?
Ah, e com ela, o Victor. Filho e administrador do hotel e do restaurante!
Restaurante Roma – Roma Hotel
Endereço: Avenida Farrapos, 4001 – entrada pela Dico de Barros
Telefone para reservas: (51) 3337-2780
Funcionamento: segunda a sexta, das 11h45 às 14h.
Aceitam cartões e dinheiro. Estacionamento no próprio hotel.
Valor por pessoa: R$39
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Comida de sítio no Centro de Porto Alegre
Um banquete de comida caseira no Morro da Borússia
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