Lisboa foi uma surpresa, um presente na minha viagem.
Não fazia parte do planejamento inicial – que incluía Sicília, Roma, Toscana, Paris e Cracóvia, na Polônia. Graças à escolha do voo da TAP, encantada com a ideia de voar direto Porto Alegre – Europa, sem paradas em São Paulo ou Rio, acabei descobrindo na chegada Lisboa. Foi apenas metade de um dia, mas o suficiente para viajar um dia antes da volta à capital portuguesa e curtir lá o último dia de férias.
Aí tive a ideia desse post – quantos gaúchos que usam esse vôo passam um ou dois dias em Lisboa como escala para seu destino e gostariam de conhecer um pouco mais dessa cidade encantadora?
Aqui vai a dica, então, desse meu último dia na Europa.
O FAMOSO PASTEL DE NATAS DE BELÉM
Não adianta: goste ou não de doces, de qualquer nacionalidade, a ida até Belém é obrigatória para provar o famoso pastel de natas.
Fui sem ter o endereço anotado, mas quando a gente se aproxima já sabe: é o local com a maior fila na frente.
Mas note: essa fila é para quem pede no balcão, para consumir ali, em pé, ou levar embora. Para quem quer comer no local existem vários salões – o lugar é gigantesco.
Pelas paredes, lembranças antigas e escritos.
A produção dos pastéis de nata é frenética. São mais de 20 mil vendidos todos os dias.
A receita original é exclusiva da Fábrica de Pasteis de Belém e guardada com sete chaves. No local eles se comem ainda quentes e polvilhados com canela e açúcar em pó.
Eu aproveitei e fiz um lanche no balcão mesmo – pra acompanhar o vai-e-vem frenético dos turistas, moradores locais e dos funcionários. Pedi dois pasteis de Belém (que como você vê nessa foto e na primeira do post, do formato de pastel, mesmo, não tem nada. São cestinhas de massa ligeiramente quebradiça recheados com um creme de natas que lembra baunilha.
Pedi dois pasteis, um café com leite e um pastel de bacalhau – que, como vocês podem ver, é um croquete. Vá chamando tudo de pastel que dá certo.
Até porque eles têm várias opções de pasteis – inclusive os nossos pasteis.
E eles trabalham diariamente das oito da manhã às onze da noite. De julho a setembro atendem até a meia-noite.
Rua de Belém, 84 a 92, Lisboa.
MOSTEIRO DOS JERONIMOS E A TORRE DE BELÉM
Caminhe um pouco além dos Pastéis de Belém e você logo vê o imponente Mosteiro dos Jerônimos. Antigo mosteiro da ordem de São Jerônimo, foi construído no século XVI. Também é conhecido como Mosteiro de Santa Maria de Belém.
É patrimônio mundial pela UNESCO desde 1983. Além da importância histórica da visita, também oferece exposições de arte.
Siga um pouco mais em direção ao Rio Tejo e chegue à famosa Torre de Belém. Um dos monumentos mais expressivos de Lisboa, é da mesma época do Mosteiro e também fazia parte do plano defensivo de Portugal.
Aproveite os jardins para descansar, ler, tomar um sol ou provar a ginja ou ginjinha, uma espécie de licor de cereja ácida. Sempre tem um vendedor por ali.
CAIS SODRÉ – PORTO DE LISBOA
Essa dica é para antes de você ir a Belém ou para a volta. Não importa – você precisa conferir a beleza que é o cais daquela cidade. Especialmente se é de Porto Alegre ou região e aguarda, há décadas, que o mesmo aconteça por aqui.
O cais é totalmente voltado para o público. É um cais ativo, com navios que atracam e fazem seus carregamentos diários. O que não afasta as pessoas. Pela manhã ou no final de tarde, lisboetas tomam esse espaço para caminhar, andar de bicicleta ou um lanche nos quiosques à margem do Tejo. São restaurantes, áreas de festas, tudo aproveitando o espaço do cais.
As cadeiras são fornecidas pelos próprios quiosques e os garçons atendem nessa área.
Meu café da manhã foi um suco. Só pra aproveitar a vista!
E sonhar que um dia possamos fazer isso em Porto Alegre.
BAIRRO ALTO
Um dos lugares mais charmosos de Lisboa. Vielas estreitas com restaurantes e casas de fado que se mostram a cada esquina.
Voltei de Belém de elétrico (um bonde movido a energia elétrica) e resolvi subir para o Bairro Alto procurando um lugar para almoçar.
Fui sem rumo: queria encontrar o que chamo de restaurante perfeito nas minhas viagens: tradicional, com pessoas locais, bom preço e boa comida. Não sei explicar qual a tática – sei que vou andando, observando e sempre, sempre, gente, encontro um lugar como esse:
Sim, o lugar não tinha nem nome na frente. Mas era um espetáculo por dentro!
Pedi um couvert e um vinho pequeno, para começar. Aí vejam o que era o couvert:
Mostrando melhor o vinho:
E é claro, o pãozinho (zinho?!) para acompanhar.
Antes de saber o que era a entrada, eu pedi uma sopa de legumes. Que chegou, transbordante!
Aí o prato principal: feijoada de frutos do mar.
Achei incrível encontrar esse prato por lá, até porque já tinha trazido aqui no blog uma receita, lembram? Clica aqui.
A vista enquanto comia era essa:
O valor? Agora vocês não vão acreditar. Ou, irão entender porque se diz que Portugal é o país em euros com os preços mais baratos:
Super bem alimentado, caminhe alguns metros até o Miradouro de São Pedro de Alcântara.
Esse lugar maravilhoso é perfeito para se despedir de Lisboa.
E para ter a certeza de que logo, logo se volta pra essa cidade incrível e deliciosa.
RESTAURANTE CANTINHO DA ROSA
Rua Rosa, 224 – Bairro Alto – Lisboa
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