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Kalena e linha Província, todas agora do grupo Sarandi, são boas pedidas pro verão

No último final de semana, o Roteiro da Sara iniciou uma parceria muito legal com o Supermercado Guanabara, em Rio Grande e Pelotas (também tem loja em São Lourenço do Sul) para produção de conteúdos super interessantes, que envolvem cervejas, vinhos, espumantes, carnes, produtos para dietas sem glúten e lactose, entre outros temas que estou escolhendo a dedo pra mostrar pra vocês!

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Mas vamos ao trabalho, que o papo hoje é cervejeiro e com um cara que eu amo de paixão – amigo antigo das madrugada na Gaúcha, onde ele, Thedy e toda a turma do Nenhum de Nós me faziam companhia, misturando música com papos sobre viagens, comida e cerveja (como será que vim parar no Roteiro da Sara, NÉ GENTE!)

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A gente começa com um papo muito bacana com o Sady Homrich, burgomestre, especialista em cervejas e baterista da banda Nenhum de Nós (te liga que essa semana e na próxima eles estão no Teatro São Pedro com a apresentação anual). O Sady, na última sexta-feira, estava na filial no shopping Praça Rio Grande (vocês já viram que máximo é Rio Grande? Me apaixonei por essa cidade! Atenção, gente, tem um potencial turístico incrível! É hora de reforçarmos e retomarmos a nossa Zona Sul).

[Falando nisso, deixa eu mostrar a foto da janela do meu quarto no Hotel Atlântico, à noite. Lá no fundo, as luzes de São José do Norte. Abaixo, o histórico Mercado Público de Rio Grande!]

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Mas vamos voltar para a tarde. Desculpa, eu viajo quando me empolgo! (e me empooolgo…)

Por lá, no Guanabara, estava acontecendo a Feira Sabores de Verão Rio Grande (atenção, que ela termina domingo, dia 04/12). A proposta é a degustação e apresentação de produtos que têm a cara do verão. Entre as delícias, várias cervejas, especiais e comuns, sempre com algum diferencial.

Cervejas degustadas no curso do Sady

Cervejas degustadas no curso do Sady

Aproveitei todo o conhecimento do Sady, e já que estávamos entre os produtos, para conversar um pouco com ele sobre cerveja e pedir as melhores dicas para você rechear sua geladeira com cervejas geladinhas. A partir daqui, trago para vocês várias explicações do Sady sobre fatos que vão deixar o seu momento de beber a cerveja ainda mais prazeroso!

Lei da Pureza

A gente ouve falar um monte sobre isso, né.

“O conceito de Lei da Pureza chegou na cerveja comercial brasileira em Porto Alegre com a DaDo Bier, a primeira micro-cervejaria contemporânea que abriu as portas, em março de 1995. Depois vieram muitas outras, como as catarinenses Eisenbahn, Bierland, Schornstein e as gaúchas Barley, Coruja e Abadessa.

Para entender, a Lei da Pureza, em alemão Reinheitsgebot (literalmente Decreto de Pureza), foi criada na Baviera em 1516 para disciplinar a produção cervejeira.  Ela prevalecendo após a unificação na Alemanha e no seu enunciado, dentre diversas disposições comerciais, determinava que os únicos ingredientes a serem usados para fabricação de cerveja seria a cevada, a água e o lúpulo. Depois dos estudos de microbiologia de Luis Pasteur, no final do século XIX, incluiram a levedura. Assim sendo, adição que QUALQUER COISA que não sejam esses quatro ingredientes fere a Lei da Pureza. Só que ferir a lei não quer dizer que as cervejas não sejam boas! Hoje existem ótimos preparos com com sementes, flores, frutas, mel , chás e outros cereais.”

Não esqueça da hidratação!

“Vamos invocar o bom senso, pessoal! O calor do verão pede hidratação. Tome água. Se quiser cerveja, que seja leve, com menor teor de álcool e agradavelmente gelada! “Não congelada, daí peça um sorvete que foi feito pra isso!”, como define o Sady. Não dá pra tomar cervejas muito alcoólicas e encorpadas durante um dia na beira da praia com aquele solaço derretendo tudo. Deixe as bebidas mais complexas para o momento do jantar, acompanhando um belo prato. Ah, e não esqueça: pra cada três copos de cerveja que tomar, beba um de água na mesma medida!”

Toda cerveja artesanal precisa ser mantida refrigerada?

Não, nem toda cerveja artesanal precisa ser transportada e acondicionada refrigerada. Apenas as que não são pasteurizadas. Mas, nem por isso deixe sua cerveja ao sol, pois irá ficar com um sabor que lembra papelão devido à ação da luz e do calor. Sempre guarde em local fresco e arejado. No rótulo há informações sobre a maneira correta de estocar.”

O gaúcho é cada vez mais cervejeiro?

“Certamente, nossa imigração europeia fez a diferença! Com o hábito de manter tradições e de fazer tudo em casa, todo mundo tem um avô, tio-avô ou bisavô que algum dia fez cerveja, do jeito que dava… No século passado tivemos mais de 100 cervejarias só no Rio Grande do Sul. Depois foram fechando ou sendo absorvidas pelas maiores. Mas nossas raízes carregam um ideal libertário que não aceitou a ditadura da mais gelada ou da mais barata. Fomos atrás de aromas e sabores, seguindo os passoas do renascimento cervejeiro que começou há 40 anos.nos EUA.

Hoje, temos a mais completa cadeia cervejeira do país, com cervejeiros caseiros organizados com sede própria, lojas de insumos e equipamentos, micro-cervejarias premiadas nacional e internacionalmente, uma associação cervejeira organizada, bares que jorram cerveja gaucha em quase 500 torneiras, consumidores dispostos e cursos que difundem a cultura cervejeira.

Ein Prosit!”

As dicas do Sady

Andamos por tudo, conferimos, apendi com ele. E agora trago pra vocês algumas dicas de cervejas especiais e outras que são umas misturas (que ele chama de coquetel com cerveja) com teor alcoólico baixo, mas super refrescante!

DaDo

Vá de DaDo Ilex – que tem adição de erva-mate.

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Baden Baden

A Chocolate (que tem adição de cacau e baunilha) e a Witbier (com casca de laranja e coentro em grão).

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Bebidas consideradas como coquetéis (super refrescantes)

A Kaiser Radler, com limão, é das minhas preferidas no verão. Com teor alcoólico super baixo, é muito saborosa (acredite!). Lembro que no lançamento recebi várias para provar, de todo o mundo, e achei a brasileira entre as melhores. O Sady me contou que a RAEDLER é um tipo super comum na Alemanha. Foi criada na década de 1920 pelo dono de um bar que ficava em um velodrome, pista de corridas de bicicletas. O pessoal costumava correr e matar a sede com cerveja – o que fazia com quem muitos velocistas não voltassem à competição. Então resolveram misturar metade de limonada à cerveja, pra ficar mais leve. Assim surgiu a RAEDLER – ciclista em alemão. Porque não podiam chamar de bier, né!

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A Desperados – bebida mista com tequila – também é uma dica bem legal. Especialmente pra beira da piscina ou praia, geladinha!

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Nota da Sara: é um amor esse Sady, gente! E entende muito. Fiquei feliz da vida de ter a parceria dele lá no Guanabara comigo. Deixa eu contar que o próximo post – preparem-se! – também vai ser sobre cervejas, junto com vinhos e espumantes, com dicas de harmonizações pras festas de final de ano. Os gostos são cada vez mais democráticos – ainda bem! – e o vinho e a cerveja convivem cada vez mais em hamonia! Tanto que tem cerveja indo pro lado do vinho, vinho indo pro lado da cerveja.. bom, mas isso é papo para outro post!

Ah, deixa eu aproveitar e colocar minha dica aqui também: as cervejas Coruja, com a Alba Weizenbock e a Strix!

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QUE A FONTE NUNCA SEQUE!!!

Um pouco mais sobre o Guanabara

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Junior, seu Luiz, eu e o Cuca, conversando e conhecendo um pouco mais da história do Guanabara

Já tinha comentado com vocês aqui que estou cada vez mais surpresa – positivamente – com a gastronomia e o turismo na nossa região sul. E foi muito bacana também conhecer toda a equipe do Supermercado Guanabara. Começou com Luiz Pereira de Carvalho (pai do seu Luizinho, aí da foto, e avô do Júnior, que hoje são diretores do grupo Guanabara), que teve o primeiro emprego em um restaurante chamado Guanabara – daí o nome da rede. Anos depois se tornou dono do negócio, começou a oferecer alojamento e alimentação para quem chegava a Rio Grande. Anos depois, o lugar já era um armazém de secos e molhados. Hoje, o Guanabara tem 10 lojas. É uma das maiores redes de supermercados da região. O grupo ainda trabalha com pecuária, venda e locação de carros e hotelaria. Ufa! 😀

Foram dois dias que praticamente virei o super do avesso, desconbrindo produtos, fazendo combinações, conferindo procedências. Voltei pra Porto Alegre feliz, e tentando convencer o pessoal a abrir uma filial em Porto Alegre – aqui na Cidade Baixa, de preferência! 🙂

Sim, eu confiro tudo!

Sim, eu confiro tudo!


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Esse é uma postagem em formato de parceria comercial. O conteúdo foi produzido e redigido pelo Roteiro da Sara (Sara Bodowsky) e a marca e o local que aparecem aqui estão em conformidade com as condições editoriais e a qualidade para publicação no blog e no site da Rádio Gaúcha. A autora teve liberdade para escolher, avaliar ou vetar (se necessário) pratos e produtos. É a garantia que você terá exatamente o mesmo ponto de vista e qualidade de um conteúdo não comercializado. Porque o leitor é nosso principal editor!