Até ser convidada a conhecer a comida nordestina do Dona Zefinha, minha única e deliciosa experiência com feijão de corda, carne de sol e manteiga de garrafa tinha sido na Ilha Grande, um paraíso localizado no Rio de Janeiro e cheio de restaurantes locais e pitorescos.
Apesar de morar praticamente do lado, sempre passava por lá e pensava “ah, tão pertinho, não vão faltar oportunidades“… e assim passaram-se praticamente os anos! Dá pra acreditar?
Não. Não dá. Escrevendo o post, agora, fico lembrando do que comi e quero voltar correndo. Ai meu Deus é aqui do ladinho…
Tudo começou com os caldinhos.
Vocês vão dizer – ah, aposto que era um dia frio. Na verdade, ainda estava meio termo. Mas pasmem: o Dona Zefinha tem caldos nordestinos o ano todo. E bobeou tem também mocotó (sim, não vou dizer vocês esquecerem desse meu amor).
Mas descobri que sou facinha: divido minha paixão entre o caldo Dona Zefinha (feijão carioca, charque, bacon, coentro e linguiça calabresa) e o sugestivo Levanta Defunto (feijão preto, linguiça do sertão e pimenta).
Vai dizer que os nomes dos caldos e dos ingredientes não chegam a ser poéticos? Provei um cadinho de cada porque ainda tinha muita coisa pela frente. Ah, e se você vai lá e não sabe qual escolher, pode pedir uma provinha, sem compromisso.
E olha só: antes de continuar a mostrar o exagero gastronômico daquela noite, preciso mostrar a alegria colorida do lugar. Ideia do seu Marcelino, que trouxe consigo um pouco do seu Recife. Misturado com os nove anos que passou no Alabama (EUA) cozinhando comida cajun.
Pra quem curte cozinhar tem muitos ingredientes de comida nordestina ou até nortista que você só encontra por ali.
Tipo essa coisinha fofa-querida-gostosa da foto: manteiga de garrafa. Ai, gente, manteiga de garrafa é tipo prima do bacon: é vida.
Opa. Mas tem um ingrediente aí que é super gaúcho, tchê: o vinho é Guatambú (lembra aqui que o #RoteirodaSara já visitou a vinícola lá em Dom Pedrito). Dois cortes especialmente para o Dona Zefinha.
Daqui a pouco mostro mais do lugar. Já estou ficando com fome e tem muita comida pela frente. Falando em frente, no deck você pode acompanhar o preparo do acarajé que você pedir.
Meu preferido é com camarão e vinagrete. Olha que coisa mais lindinha:
Bom, gente. Tava dando sede. Era dia de despedida (a Priscila Araújo, estagiária da CBN Porto Alegre, se formava no dia seguinte). Então fomos nós – mais o Rafael Ramos, que também trabalha conosco – misturar trabalho com celebração. Porque esse meu trabalho é também celebrar a boa mesa! E os bons copos: chopp escuro Xingu e claros Amstel e Heinken.
Enquanto a gente toma um choppinho, mais da decoração interna. Em dias de calor o deck é disputadíssimo, e em dias frios, esse ambiente é super acolhedor!
Sem falar que eu super decoraria minha casa com essas cores. Me julguem – adoro um colorido alegre!
Antes do prato principal, a entradinha preferida: queijo coalho na provoloneta – ou, no caso, na coalheta!
Também pedimos uma entradinha de camarões. Eu a a Pri ainda fomos mais fãs do queijinho, mas o Rafael Ramos foi nesse fácil, fácil!
Agora, gente, vamos começar a falar sério. Não sabia o que esperar desse prato: o Grande Encontro. Fiquei até preocupada – será que o feijão de corda vai ser como o da minha memória, lá em mil novecentos e guaraná com rolha na Ilha Grande? (brincadeira, né, já eram os 2000… e algo! haha). Será que a carne de sol, que é feita aqui no Zefinha, vai ser o que eu entendo por carne de sol? E a manteiga de garrafa?
E aí, isso aqui chegou à mesa.
A primeira coisa que pensei foi – gente, isso é praticamente uma parrilla nordestina. Deixa explicar: ela vem em uma chapinha com o fogo aceso embaixo. Olha o TAMANHO. Sério. Tem ainda linguiça do sertão (mas feita no Rio Grande do Sul), farofa, arroz, vinagrete e queijo coalho em uma fatia generosa.
Ah, eles têm também uma pimenta preparada lá mesmo.
Preciso confessar que não comi todos os pratos – daqui a pouco vocês vão ver o cardápio, que é super extenso. Mas tenho certeza que o Grande Encontro vai ser pra sempre meu prato preferido (tá, se mudar de ideia conto pra vocês, porque pretendo voltar e provar outras coisas, como as tapiocas – nhami!). Porque gosto de comida de verdade. E essa combinação, nossa! E não se deixe enganar: o prato serve mais do que duas pessoas. Ainda mais se você pedir entradinhas ou até mesmo os caldinhos.
Outra coisa que me agrada é que o Zefinha está no Olaria – onde tem um dos melhores cinemas de Porto Alegre, o Guion. Isso faz com que o público seja super eclético. E eles servem todas as refeições do cardápio das 11h da manhã até o final do expediente.
Por mim, já era suficiente. Mas é claro que o olho é sempre maior do que a barriga: então, uma sobremesa, porque não? Fomos de clássico: bolo de rolo.
Pra quem não conhece, é um pão-de-ló fininho, enrolado com goiabada no meio.
O melado dá o toque gourmet pro prato (Brincadeira, né! Dá é mais sabor, isso sim!). Tive vontade de enrolar, colocar na bolsa e comer no dia seguinte, de café da manhã, acompanhado de um copo de leite gelado.
Pra equilibrar toda essa comilança?
Catuaba! Pros engraçadinhos que já pensaram bobagem, além das conhecidas propriedades digamos… fortificantes, ela também é digestiva.
Essa foto pedi como prólogo: vou confessar que não provei. Mas o camarão no abacaxi é um dos pratos que mais saem por lá. Parei um que passava e pedi pra fotografar. Esse, se vocês já provaram, vão ter que me contar como é.
Hora de conferir o cardápio do Dona Zefinha (preços de agosto/2015)
Deixei o cardápio de sobremesas pra mostrar à parte porque é uma fofura: olha só! A base é um abanador de fogo.
Endereço: Rua General Lima e Silva, 776 – Nova Olaria – Cidade Baixa – Porto Alegre – RS
Telefone: (51) 3072-5557
Funcionamento: De segunda a segunda, das 11h da manhã à 1h da manhã.
O Dona Zefinha oferece 30% de desconto para sócio do Clube do Assinante e acompanhante, exceto nas bebidas. Clique aqui e confira.
Esse é uma postagem comercializada. O conteúdo foi redigido pelo Roteiro da Sara (Sara Bodowsky) e a marca e o local que aparecem aqui estão em conformidade com as condições editoriais para publicação no blog e no site da Rádio Gaúcha. A autora teve liberdade para escolher, avaliar ou vetar (se necessário) pratos e produtos. É a garantia que você terá exatamente o mesmo ponto de vista e qualidade de um conteúdo não comercializado. Porque o leitor é nosso principal editor! 😀
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