Admito que não sabia disso e tomei conhecimento a partir dessa matéria, mas, desde o lançamento do Pinterest, em 2010, o site ganhou, segundo o BuzzFeed, a reputação de ser voltado para donas de casa mórmons, mamães blogueiras e garotas brancas. Mas Rachel W. Miller, que se define como “mulher de pele escura com um trabalho em tempo integral” por gostar do Pinterest, nunca concordou com essa definição dada ao site. Para ela, ele sempre se apresentou como uma ferramenta útil de sugestões e ideias.
Foi ao encontrar a página “mais popular” do Pinterest, a qual Rachel define como “um amontoado de garotas brancas com cabelos impossivelmente bons, habilidades sobre-humanas de decoração de unhas, e aparentemente tempo livre suficiente para criar uma cesta organizada de ‘utensílios pós-parto’ para ‘todos os banheiros'”, que ela notou da onde vinha a fama do site.
Como sempre defendeu o Pinterest, Rachel tentou imaginar como seria viver de acordo com o estereótipo do “mais popular”. Partindo daí, ela deixou que, por uma semana, as dicas da categoria ditassem seu estilo de vida.
“Eu cozinhei as receitas mais populares; usei os tutoriais mais populares de cabelo e maquiagem; me vesti no estilo dos “pins” de moda mais populares (vestindo roupas baratas compradas, emprestadas ou resgatadas do fundo do baú); eu passei meu tempo livre fazendo artesanato dos “pins” de Faça Você Mesmo mais populares; eu fiz minha casa parecer com o Pinterest – usando perfeitamente as dicas mais populares de limpeza e organização. Os “pins” que eu usei haviam sido compartilhados de 300 a 20.000 vezes e eram todos de estilo parecido com os outros “pins” populares”, explicou ela.
Rachel realizou as atividades nos horários em que não estava no trabalho, nem no trânsito (ou seja, nunca entre as 08h30 e 18h00 nos dias de semana), além dos dois dias inteiros do fim de semana.
Dá uma olhada em algumas coisas que ela vez seguindo o estilo de vida do “mais popular” do Pinterest:
– “Eu senti como se eu estivesse usando muitas coisas tudo de uma vez”
– “Eu fiz alguns projetos ‘faça você mesmo’ em vidros de conservas que meio que ficaram uma porcaria”
– “Mas aí eu fiz as saladas nos vidros de conservas, que definitivamente NÃO eram uma porcaria”
– “Eu experimentei um fracasso espetacular de uma solução de armazenamento…”
– “…mas também uma vitória legítima”
-“Eu percebi que a) Eu sou péssima em fazer tranças e b) coisas que ficam bem no Pinterest não são práticas na vida real”
– “Na verdade, eu provavelmente teria mais sorte depilando meus pelos pubianos do que trançando meu próprio cabelo”
– “Eu decidi que essa caneca “Faça Você Mesmo” valeu a pena de verdade
– “Eu colei fita adesiva no meu rosto para aperfeiçoar meu delineador e FUNCIONOU”
– “Eu aprendi que muito do Pinterest é apenas boa iluminação”
Segundo Rachel, no final da semana ela percebeu que não tinha conseguido fazer nem a metade do que havia planejado. E sobre suas conclusões finais sobre o Pinterest, ela afirma:
“Eu acho que a chave para não ficar louca quando cercada por tanta “pinspiração” é ter suas prioridades claras. Só porque muitas outras pessoas (ou seus “pins”, fotos do Insta e postagens do Facebook) insinuam que algo é muito importante, não significa que é de fato importante. Pare de seguir quem quer que te faça sentir mal com relação às suas escolhas de vida”.
Demais a experiência, né?
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