Durante a última semana, Bento Gonçalves virou a Capital Mundial do Vinho. E essa afirmação não é minha, nem das vinícolas gaúchas – é do diretor-geral da OIV (Organização Internacional do Vinho), o francês Jean-Marie Aurand, que esteve junto com outros 536 participantes de 32 nacionalidades no Dall’Onder Grande Hotel, durante o Congresso Mundial da Vinha e do Vinho, que pela primeira vez aconteceu no Brasil.
Pra vocês compreenderem a importância disso pro mundo do vinho brasileiro: as principais decisões técnicas e científicas que afetam diretamente o plantio da uva e a produção do vinho em todo o mundo pelos próximos 12 meses (pelo menos) foram tomadas durante essa semana. Em resumo, fugindo da parte técnica, algumas resoluções foram muito bacanas:
1. A produção de vinho, para ser sustentável, deve integrar aspectos sociais, econômicos e ambientais do local.
2. Os vinhedos precisam respeitar o toda a cadeia do meio-ambiente, sendo sustentáveis.
3. A produção do vinho deve respeitar as pessoas que fazem parte dessa cadeia, sua cultura e economia, respeitando os trabalhadores com condições e salubridade
4. É preciso respeitar também o consumidor. O vinho deve ser cada vez mais saudável.
5. No nível Brasil, a boa notícia foi para os pequenos produtores não só de vinhos, mas também microcervejarias e produtores de cachaça artesanal: a sanção, em Brasília, pelo presidente Michel Temer, da lei que amplia o limite de faturamento anual para ingressar no Simples Nacional. O Ibravin (Instituto Brasileiro do Vinho) elaborou um estudo que mostram que dentre os resultados dessa medida está a possibilidade de formalização de centenas de produtores e o baixo impacto na arrecadação pelo governo – melhor, a estimativa de arrecadação será de R$27 milhões em tributos. Hoje, 90% das vinícolas dos estados do Rio Grande do Sul e de Santa Catarinae são micro e pequenas empresas e poderão optar pelo regime simplificado.
Ok, tudo isso é muito bacana e precisa ser festejado – afinal, o vinho traz consigo o turismo, a gastronomia e o desenvolvimento sustentável das comunidades. Mas vou mostrar pra vocês o que conferi por lá na noite de quarta -feira – quando, depois de todos os debates, foi hora de mostrar para os estrangeiros o que sabemos fazer com vinho, comida e, é claro, música!
ROLOU O WINE FESTIVAL POR LÁ
Esse é um lance genial aconteceu junto ao hotel, nos fundos, onde agora está a Rua Coberta de Bento – um lugar pensado para food, wine e beer trucks e com espaço para shows.
Foram sete vinícolas oferecendo seus vinhos e espumantes: Cainelli, Casa Perini, Courmayeur, Don Guerino, Lovara, Maison Forestier e Salton.
E aí a fome bateu e tinha também food trucks Coxinha Sobre Rodas, Food Trailer Maremoto, Lov Brigaderia Gourmet, Mister Pankekas e Valle Rústico:
E o mundo do vinho é o mundo dos amigos. Nos últimos dois anos, fiz vários e de coração. Então, trabalhar é também uma festa!
Falei que tinha música, né? Pois a ideia do Ibravin, que organizou o Wine Festival e me levou até lá (numa parceria que já vem de longa data com a Rádio Gaúcha – e que continue por muito tempo!) resolveu mostrar samba e rock! Afinal, a gente tem os dois!
Teve The Beatles no Acordeon (projeto liderado pelo músico Diego Dias, da banda Vera Loca)…
… e teve também Grupo Show da Escola de Samba do Estado Maior da Restinga.
Quer saber mais sobre as discussões e o que foi tratado no 39o. Congresso Mundial da Vinha e do Vinho? Confere na página do evento ou no site do Ibravin!
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