Sabe que sempre falei que era mais do vinho que da cerveja?
Pois vou dizer pra vocês que essa ideia tá mudando aos poucos. Depois da visita que fiz à Cervejaria Barley, em Capela de Santana, descobri que o mundo cervejeiro tem nuances incríveis e apaixonantes.
O primeiro contato foi com o Francisco Stürmer, um dos sócios. Ele procurou o Roteiro/Rádio Gaúcha para divulgar o Barley Beer Fest, um evento que abre as portas da cervejaria durante todo o sábado (nos dias 20 e 27 de agosto – OLHA LÁ NO FINAL DO POST QUE TEM TODAS AS INFORMAÇÕES e você pode reservar seu ingresso por esse fone(51) 9982-3385.) e que já é tradicional para os apaixonados pela marca – e são vários, pela repercussão no meu Instagram durante a visita. Fui para lá pronta pra observar, aprender e preparar o material para o post. Porque, de cerveja, eu entendia, se muito, de beber!
Mas eis que chego e me deparo com esse lugar muito lindo. Sim, eles têm, junto à cervejaria, uma casinha preparada pra festas.
Grupos de 15 a 80 pessoas podem reservar o espaço com degustação de cerveja e alimentação (eles têm um cardápio gigante, vai desde de galinhada, pizza, joelho de porco, massas e olha, o que mais o pessoal escolher, pelo jeito!)
A casinha é na frente da cervejaria. Sabe direto da fonte? Gente, isso é emocionante!
Aí fui aprender um pouco com o seu Vitor Schwartz e o Francisco. Seu Vitor foi cervejeiro técnico na antiga Antarctica. Amigos de longa data – as esposas são prima-irmãs – que em 1992 decidiram, quase como um hobby, começar a produção de cerveja artesanal.
Ps: olha a prova. Taí os dois, lá no início de tudo! E início mesmo. Começaram no fundo da casa do Francisco, com uma panela de arroz comprada na Base Aérea de Canoas!
Mas vamos voltar ao relato (sim, eu não foco, mas é tanta coisa bacana pra contar!).
Os tanques estão sempre em constante produção. O malte é importado e todas as cervejas são vivas– a única pasteurizada é a long neck. Por isso, no inverno, o melhor é consumi-las no máximo em 40 dias.
Aqui a Pilsener, especialmente produzida para a Bier Fest – que também marca o aniversário da Cervejaria!
As cervejas, aqui, passam em média 21 dias dentro do tanque antes de serem engarrafadas.
Já visitei várias vinícolas, mas essa foi a primeira cervejaria com tamanho porte. Algumas coisas são parecidas – o cuidado com a higiene e o carinho com que a bebida é preparada. A cerveja também tem história, e isso me encantou de tal maneira! (aqui um aviso aos especialistas cervejeiros que às vezes vêm de maneira não muito gentil comentar meus comentários: não sou especialista. Sou emocionada. Então, me deixem viver a sensação de descoberta – e deixem todos que quiserem, descobrir também! Grata <3!)
Aí, né, a panela de preparo. Adivinha?
Também subi pra espiar. O aroma do lúpulo é incrível! Uma mistura de pão no forno com sensação de casa.
Aí fui conferir o bagaço da cevada. Ainda quentinho. O aroma segue sendo de pão fresco. Delícia!
Mas né, o post é uma parceria comercial, mas isso não faz diferença porque só posto o que gosto e provo. Então, vamos lá, conferir o sabor da bebida durante o preparo!
Minha escolha foi pelas minhas preferências. O Weiss sempre foi meu preferido.
Olha a consistência dessa espuma!
Então tá! Vamor provar?
Vamos! Vamos!
Essa cerveja estava no processo de produção ainda e já tinha drinkability – descobri que essa é a melhor palavra pra definir essa sensação agradável que a cerveja equilibrada nos passa. Bom corpo, bom frescor – e vontade de mais um gole. E mais um gole.
É, mas ainda tinha vários goles pela frente, então só pude provar mesmo (uma tristeza que o conteúdo precisa ser jogado fora, mas fazer o que?).
Aí foi a hora de eu servir uma. Âmbar! Lembra que falei que a Weiss era minha preferida, né?
Era. A Âmbar ganhou meu coração!
Fiquei tão emocionada com a minha primeira cerveja tirada direto do tanque que vocês podem ver minha carinha de satisfação orgulho olha eu me achando a cervejeira.
Depois de conhecer um pouco e entender como funciona a produção, foi a hora de provar as cervejas que eles têm por lá e fotografá-las. Vou colocar aqui pela minha ordem de preferência! (Sim, sim, sim, tô me achando a cervejeira me deixem!)
Com vocês, a vencedora do meu paladar. Foi amor ao primeiro gole!
A Âmbar é uma cerveja de baixa fermentação (tipo München), que só e feita de maio a agosto – especial para ser degustada em dias frios.
Sério, que cerveja! Óbvio que trouxe pra casa. Algumas!
Em segundo lugar, vem ela, claro. A Weiss. Praticamente um pão. Um alimento.
Essa abaixo foi uma surpresa. A Natural é uma cerveja de baixa fermentação, tipo Pilsen, frutada, sensação residual de malte e amargor muito leve. Ela é a Cristal sem ser filtrada, de maneira mais simples.
A espuma é densa e firme, como se fosse um creme.
Essa APA – American Pale Ale – também caiu belamente. Foi difícil escolher, eu juro pra vocês. As preferidas, ok, foram definitivas. Mas a partir daqui, todas ficam mais ou menos juntas, porque têm muita qualidade. Essa APA mescla o estilo inglês com o lúpulo americano. Vem aquele aroma de notas cítricas e frutadas.
Já a Dark Ale é mais forte: alta fermentação, maltes duplamente torrados, espuma dourada. Aquela sensação de final de boca de café fresco e chocolate.
A Cristal é sempre minha última escolha – especialmente no inverno. Mas é muito boa, mesmo sendo minha última opção (entre ela e a Natural, prefiro a segunda, pela não filtragem). Tipo Pilsen e baixa fermentação.
Carta Cervejaria Barley
Ah, mas espera aí: você acha que acabou? Falei da festa, né: todo o mês de agosto, desde 2012 (quando a Barley fez 20 anos) eles produzem uma Pilsener especialmente para a festa.
Quem compra ingresso para Barley Bier Fest também ganha esse caneco de vidro (tanto o Francisco quanto o Victor não aceitam a ideia de tomar cerveja em copo de plástico CLAP CLAP CLAP todo o parabéns do mundo pra eles!).
Então, é o seguinte: nesse sábado, dia 20, e no outro, dia 27, das 10h às 16h todas as cervejas da marca estarão disponível em livre degustação acompanhados de petiscos da cozinha alemã (churrasquinho, conservas, cachorro-quente, cuca, água e refri), souvenirs, visita guiada pela cervejaria e muita música – intercalam uma hora de bandinha com uma hora de rock. O valor por dia é R$100 (para grupos de 5, o convite individual fica R$90). MAS CORRE QUE A LOTAÇÃO ESTÁ QUASE ESGOTADA: Informações e compra dos ingressos pelo cervejariabarley@gmail.com, http://www.barley.com.br/ ou (51) 3698-1215 e (51) 9982-3385.
MICRO CERVEJARIA BARLEY
Endereço: ERS 240, 9980 – KM 23 – Divisa – Capela de Santana – RS
Telefone: (51) 3698-1215 e (51) 9982-3385
Funcionamento: consulte pelos telefones para visitação
Antes de terminar esse post, quero dar um abraço especial nesses dois queridos cervejeiros. O seu Chico eu já conhecia – lembrei na hora que o vi! – porque era amigo da minha família, ainda na infância. O seu Vitor, quando viu minha curiosidade, já virou parceiro de longa data também. Sei que fui embora com cerveja, com muda de couve (porque eles têm uma horta nos fundos da cervejaria), de alecrim, alface pra um batalhão e um sorriso no rosto, de orelha a orelha. Sim, é trabalho, mas como é bom! Obrigada pela verdadeira aula da última sexta!
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