*Matéria publicada também no Caderno Viagem de Zero Hora (veja arquivo no final do post)
Na última matéria da minha ida a Mendoza em abril, hoje levo vocês para conhecer outras atrações da capital argentina do vinho – neve, esqui, rafting, escaladas e caminhadas garantem o equilíbrio com as incontáveis opções gastronômicas.
NA CIDADE:
PARQUE GENERAL SAN MARTIN
Alguns mendocinos comparam aos bosques de Palermo, em Buenos Aires.
É um parque com 307 hectares de áreas cultivadas e 17 km de trilhas. Fica na zona nobre de Mendoza. Vale para um mate na tarde de domingo ou uma caminhada no final do dia. Os portões do parque são históricos e foram feitos no Reino Unido e comprados em Paris.
O Estádio Mundialista (construído para a Copa de 78 e onde o Brasil jogou com Peru e Polônia) também fica lá.
CERRO DE LA GLORIA
Morro dentro do Parque San Martin – tem uma vista espetacular da cidade. Um monumento ao Exército Andino impressiona na parte mais alta do cerro. Alguns carrinhos de comidas e bebidas oferecerem alternativas simples para lanches.
É possível subir de carro.
ACÉQUIAS
Os canais de água que estão distribuídos ao longo das calçadas da cidade são marca registrada de Mendoza. Os ramais são abertos e fechados de acordo com a necessidade de condução da água que chega das montanhas pelo degelo – a cidade foi construída sobre o deserto e é preciso irrigar o solo com as acéquias.
BUS VITIVINÍCOLA
Quer aproveitar o passeio pelas vinícolas sem se preocupar em dirigir? Mendoza tem um serviço que testei e adorei – o Bus Vitivinícola. Com roteiros que passam pelas principais bodegas e preços atrativos, muitas degustações e almoços harmonizados têm descontos especiais se forem marcados via Bus. São várias opções durante a semana e também no sábado e domingo. Os valores variam. Confira em http://www.busvitivinicola.com/
SAINDO DE MENDOZA:
PASSEIOS PELA NEVE
Alugue um carro ou contrate um guia turístico (profissão regulamentada e levada a serio por lá). A partir do outono você já pode ter a sorte de ver neve pelas montanhas. Na alta temporada de inverno, as estações de esqui Vallecitos, Las Leñas (www.laslenas.com) e Penitentes (http://www.penitentesweb.com/) são procuradas pelos turistas e moradores.
Mas, cidadezinhas próximas como Potrerillos, Las Vegas, El Salto ou Manantiales valem o passeio de um turno, pelo menos.
Elas também têm cabanas para hospedagem. Ah, se estiver dirigindo, não esqueça de alugar correntes para os pneus – a polícia não deixa passar sem elas se tiver neve ou gelo na pista.
RAFTING
Acredite, as corredeiras que descem das montanhas são usadas para passeios de rafting na primavera e no verão.
Alguns, mais corajosos, se aventuram também no outono (fui testemunha de descidas em pleno final de abril) nas águas que se formam com o degelo e tomam velocidade montanha abaixo.
CAMINHO PARA O CHILE
O caminho para o Chile pela Ruta 7 é encantador.
A paisagem vai mudando: os marrons, vermelhos e amarelos do deserto se tornam mais marcados e a neve no cume das montanhas pode distrair o motorista de tão linda.
Saia de Mendoza e vá por Potrerillos onde você vai perder o fôlego com o verde e azul das águas da represa – Mendoza vive em emergência hídrica e o lago recolhe água das montanhas e da chuva (rara por lá).
Pare na singela Uspallata para um café ou um sanduíche de lomo e aí siga viagem.
Você via passar pelo:
PARQUE PROVINCIAL ACONCÁGUA
Confesso que me emocionei vendo esse gigante chamado Aconcágua. É compreensível o motivo pelo qual tantos encontraram a morte tentando chegar ao seu cume – a atração é instantânea. Você só consegue entender a dimensão quando para, encara essa montanha – conhecida como Colosso da América – e sente a pele arrepiar. De verdade.
A sensação continua quando você visita o Cemitério dos Andinistas, próximo dali.
Alguns daqueles que morreram escalando o Aconcágua estão enterrados nessa área, que tem um pequeno cerro ao centro.
Nos túmulos, botas e acessórios de alpinismo.
Dedique um tempo e, com calma, preste seu respeito aos aventureiros de diversas nacionalidades que perderam a vida em nome do amor à essa montanha.
PUENTE INCA
Um dos cartões postais da região, a Puente del Inca é uma formação rochosa natural sobre o rio Las Cuevas, no departamento de Las Heras.
Em 1925 foi construído um hotel luxuoso junto à ponte, onde cada quarto contava com piscina com águas termais privativa.
Em 1965, depois de sucessivas avalanches – que também desabilitaram o serviço de trem transandino – o lugar foi fechado. Hoje, as instalações do hotel estão abandonadas e não é possível acessá-las.
No local há venda de lembrancinhas e souvenirs, além de alguns restaurantes para turistas.
NA FRONTEIRA COM O CHILE
Saindo de Mendoza, sem parar, o trajeto pode ser feito em pouco mais de três horas.
Mas já convenci vocês que vale muito à pena as paradas, certo? Não cruzei para o Chile, mas fui até a entrada do túnel Cristo Redentor – a saída já é no país vizinho.
Quando fui, as montanhas estavam cobertas de neve.
É curioso porque quando a nevasca é muito forte, a passagem fecha – pelo caminho se vê vários postos de combustíveis que servem de casa para caminhoneiros (inclusive centenas de brasileiros) durante o inverno mais rigoroso.
CLIQUE AQUI PARA ACESSAR O ARQUIVO DA MATÉRIA NO CADERNO VIAGEM (e usar como guia): ViagemMendoza
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Agradecimento!
Em abril e maio estive quinze dias na Argentina (Mendoza e Buenos Aires) com o apoio e assistência da Top Travelling Viagens e Turismo que fez todas as reservas aéreas, de hotéis e reserva de carro em Mendoza.
Porto Alegre/RS Rua Tobias da Silva 22 – Sala 402 Moinhos de Vento – (51) 2626.1414
Lajeado/RS Rua 17 de Dezembro, 438 – Sala 06 Hidráulica – (51) 3011.1646
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