No Dia da Mães, no último domingo, decidi ir com a dona Dalva no Café Walachay, um café colonial sobre o qual já tinha ouvido falar muito e vivia curiosa. Além disso, o povoado se chama Walachai (sem y), fica em Morro Reuter e foi fundado por um integrante da guarda pessoal de Napoleão Bonaparte – Matthias Mombach, proveniente de Luxemburgo. O lugar também teve sua história contada pela cineasta Rejane Zilles em um documentário de 2009. Vale conferir, é um emocionante relato sobre uma comunidade que vive o paradoxo de ser brasileira sem que todos seus integrantes dominem o idioma do país.
Bom, apresentado o lugar (vai cedo, dá uma volta, toma um chimas), conto que chegamos tarde. Já passado das 16h. Um menino nos recebeu: “Desculpa, mas acabou a comida! Foram mais de 600 cafés servidos hoje!” (lembrem, era Dia das Mães!). Já saíamos com o carro quando um rapaz veio correndo: “Esperem! A gente consegue mais dois lugares!“. Primeira impressão: maravilha de serviço!
O dia não estava dos mais bonitos, mas ficamos ali no deck, curtindo essa vista incrível.
Deu até pra tirar selfie com a mãe. <3
Mas a gente tava morrendo de fome, e depois de uns 40 minutos (fomos avisadas que poderia demorar, afinal, muita coisa estava sendo refeita), chegou a hora!
Tudo é feito localmente.
Essa salada de ovo (existem vários tipos na culinária alemã) era maravilhosa. Lembrava o nhoque que minha mãe faz em casa (que leva arroz no lugar de batata. Mas não tinha arroz nesse prato. Enfim… me entendam!).
Almôndegas. Na minha época conhecidas como bolinhos de carne.
Dois tipos de rabanada: empanada e frita com açúcar. Sim, super calórico, sim, comeria todos novamente.
Não pode faltar: a linguiça cozida que pode ser degustada em qualquer refeição.
Filezinho de porco e de galinha.
Enroladinho de salsicha e pizza caseira (tipo aquelas de festa infantil).
Esse croquete é provavelmente o melhor que já comi na vida. Sério.
Não sei vocês, mas adoro um picles. Também conhecido como conservas. <3
Esse bolinho de aipim, meu senhor! Pastelzinho de queijo era mais ok, tem pouquinho queijo, mas a massa é ótima!
Agora, para tudo pra essa cuca. Goiabada com requeijão (ou algo assim, porque tava bem bem bem suave o queijo). Perfeita. Preparada na hora. Com uma nata por cima…
Bolinhos doces – laranja e queijo.
Rosca e pães fresquinhos.
E esses bolos? Me diz como lidar? Escrevendo esse post tô com vontade de comer tudo, tudo de novo!
Aí eu já não tinha mais espaço no estômago (acredite, às vezes isso acontece comigo). Mas tem apfelstrudel também. E um rocambole de amendoim com doce de leite.
Podia ficar só com os pães e essas coberturas. Os embutidos, exceto o queijo e o presunto, são todos feitos por parceiros locais também.
Preciso falar do que tem aqui: nata, käshmier e manteiga (todos feitos lá mesmo! Inclusive a manteiga!), melado de cana batido, três tipos de chimia e mel.
Ainda servem suco de uva e vinho colonial (branco ou tinto, seco ou suave).
Além disso, café com leite. Eles também oferecem chá e chocolate quente. Ah, o leite é local também, da produção dos parceiros.
Aí é hora das tortas (no final tem a lista das tortas que eles servem). Todas também preparadas lá (sei que estou ficando repetitiva, mas é muito bacana isso!).
Um pedacinho do mostruário (depois de mais de 600 cafés servidos no dia, imaginem a quantidade que eles preparam!).
Confere as tortas:
Importante: mamães, papais e famílias – o lugar tem espaço kids bem bacana!
Inclusive com uma mini biblioteca.
CAFÉ COLONIAL WALACHAY
Endereço: Estrada do Walachai Km 50, 334 – Walachai – Morro Reuter – RS
Telefone: (51) 9156-4206
Funcionamento: sábados, domingos e feriados, das 11h30 às 19h.
Valores: R$54 por pessoa. Crianças até 5 anos não pagam, de 6 a 10 anos pagam 50%.
Para quem ama um café da colônia:
Café com sabor da colônia no caminho para a Serra
Café da tarde como na casa da vó
Subindo a Serra: as delícias da estrada de São Vendelino
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