Você já pensou em comer chocolate sem culpa e com a certeza que está investindo na saúde?
Pois foi querendo saber se isso é possível que conversei com a Silvana Castelli, do curso de Chocolataria Gourmet da Castelli Escola Superior de Hotelaria. Perguntei o que faltava para o nosso produto atingir patamares internacionais de chocolates famosos como o belga e o francês. Ela me respondeu que é preciso começar lá na origem – acompanhando a produção nas fazendas de cacau (a maioria delas na Bahia) – passando pelas técnicas de produção e finalizando pelas embalagens. Que ainda não são as ideais no país. Ou seja – o profissional do bom chocolate do futuro terá uma função muito parecida com a do enólogo hoje na produção dos vinhos.
E já que estamos na Páscoa, pedi algumas dicas para consumir chocolate aproveitando ao máximo seus benefícios.
1. Cacau x gordura
Atenção ao famoso “chocolate 70% cacau” que muitas vezes aparece como valor de qualidade nos rótulos. Isso quer dizer que tem 30% de açúcar e que nos outros 70% existe a massa de cacau (que já é manteiga de cacau mais cacau em pó) e ainda pode ser adicionada outra gordura: a própria manteiga de cacau ou gordura hidrogenada. A dica é conferir o percentual de manteiga de cacau que contém nos 70%. Evite aqueles chocolates que têm gordura hidrogenada e prefira a manteiga de cacau. Vai muito do paladar de cada um, mas os especialistas dizem que cerca de 20% de gordura nesses 70% seria o ideal.
2. Você está comendo chocolate ou doce de chocolate?
Há uma discussão sobre o mínimo de cacau que um chocolate deve ter para ser chocolate. No Brasil, se fala que para ser considerado chocolate o produto deve apresentar pelo menos 25% de cacau, mas muitos não chegam a 5%, que são os doces de chocolate.
3. Fuja do chocolate ao leite
O leite, quando entra em contato com o cacau, pode destruir algumas propriedades benéficas do cacau à saúde. Por isso, o famoso “chocolate ao leite” não é aquele recomendado pelos médicos.
4. Chocolate gourmet ou chocolate de origem
Para reconhecermos um chocolate gourmet, sua embalagem deve apresentar referências quanto ao teor de cacau e à origem do cacau (região ou fazenda, inclusive com uma pequena história), e ser isento de flavorizantes, aromatizantes, gorduras estranhas, lecitina de soja etc.
5. Em vez de chocolate amargo, chocolate intenso
Dizer que um chocolate é “amargo” é incorreto.O certo é chamar de intenso ou escuro (chocolat noir). Essa confusão acontece porque as primeiras amêndoas de cacau importadas da África para o Brasil eram muito amargas. Isso porque, infelizmente, não recebiam um tratamento adequado. A correção do amargo era feita adicionando açúcar ao produto. O chocolate com menos açúcar não é amargo, é intenso – menos doce, mas com um sabor muito marcante do cacau.
Fotos: Castelli Escola de Chocolataria
Endereço: Av. Osvaldo Aranha, 994 – 95680-000 – Canela- RS
Fone: (54) 3282-1460
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