Em Lajeado, no Vale do Taquari, um cachorro quente já é parte da cultura gastronômica da cidade: o Cachorrão do Carmelito e do Beto. Bem assim, com nome próprio dividido entre os dois irmãos donos do lugar.

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São 42 anos de história. E os clientes que seguem a dupla desde o início confirmam: o sabor não mudou nada esses anos todos!

Começaram com um trailer na praça da frente. Décadas depois, a Prefeitura desalojou os carrinhos de alimentos e a dupla se mudou para um prédio em frente.

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O lugar tem bancos como o trailer na praça. Sem mesas. Diz o pessoal da cidade que é “pra comer sentado, com as pernas afastadas porque sempre acaba caindo molho e maionese no chão“. Melhor no chão do que na roupa, né?

O cardápio é enxuto e, como estamos em Lajeado, óbvio, tem Fruki (naquele patamar de memória afetiva de sabores da infância, né).

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E como meu estômago está ligado diretamente ao meu coração, eu fui não apenas de Fruki, mas de garrafinha de vidro. Porque tem outro gosto, né?

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Isso me faz lembrar de muitos anos atrás, quando um amigo me fez caminhar toda a Andradas, em Porto Alegre, para achar uma Coca-Cola de garrafinha de vidro. Mas isso é outra história.

E é claro que se meu estômago é ligado ao meu coração, e meu coração é gigante, eu pedi o cachorro-quente grande.

Simples assim.

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Já o Edinho, colega aqui da Rádio Gaúcha que estava junto e que tem muito mais noção do que eu, pediu meio cachorro-quente.

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Que já é um senhor cachorro-quente, né?

Pois vou dizer que fiquei curiosa também com o cachorro-quente com salsicha e bife. Sério, não é o xis (que tem também).

É cachorro mesmo!

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Aí eu parei pra conversar com a Anelise. Ela está grávida de quatro meses e meio do segundo filho. E como na gestação anterior, atravessa Lajeado porque tem desejo do cachorro-quente com bife e salsicha do Carmelito e do Beto. Olha a carinha de feliz dela!

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E ela super entrou no clima do post e resolveu ajudar a mostrar o recheio pra foto:

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O melhor foi quando ela me disse, toda feliz: “Peguei só metade porque em casa meu marido tá fazendo pizza”. Então tá, né… 🙂

Os irmãos Carmelito e Beto são conhecidos pelas suas histórias folclóricas. Por exemplo, acabou o pão? Eles fecham o Cachorrão e vão pra casa. Tipo, o horário de trabalho também depende do estoque de pão.

Outra situação conhecida são aquelas pessoas que vão tirando tudo do cachorro-quente (minha amiga de infância e comadre, a Fábia Ludwig, é uma dessas: tira até a salsicha).Se a Fábia fosse lá, o Carmelito ia dar aquela olhadinha de lado e largar a clássica frase pra situações como essa: “E pão, pelo menos, vai?”

Brincadeiras à parte, os dois são uns queridos e muito orgulhosos da história que construíram. Começo a conversar com eles e de repente aparece uma pasta de plástico, repleta de recortes e lembranças. Olha os dois bem gurizinhos, no primeiro trailer!

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E aqui, o Carmelito e o Beto hoje.

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Tem gente que vem de várias cidades da região do Vale do Taquari para matar a saudade do lanche. Além da tradição, o molho e especialmente a maionese são destaque do Cachorrão.

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A receita é um segredo industrial guardado a sete chaves – mas logo deve virar produto registrado e vendido ao consumidor. E ela realmente é muito leve e saborosa. Não sou fã de muita maionese, mas essa juro pra vocês: entrei com os dois pés na jaca, e super feliz!

Cachorrão do Carmelito e Beto

Endereço: Rua Borges de Medeiros, 251 – Lajeado – RS

Horário de funcionamento: de segunda à sexta, das 7h30 às 22h. Sábado das 7h30 às 13h30.

Atenção: só aceita dinheiro!