Toda segunda-feira é dia de #RoteiroDescobre: convido alguém para dar aquela dica especial sobre um lugar que eu, assim como vocês, também quero conhecer. Hoje a jornalista Mirella Nascimento, que mora em São Paulo, mas cresceu em Porto Alegre, fala sobre Londres e a gastronomia da capital inglesa. A Mirella tem um site muito legal – o Todo Dia Uma Primeira Vez – onde se propõe a fazer uma coisa nova todos os dias. São viagens, novas atitudes e descobertas gastronômicas.
Chá das cinco e Sunday roast
Por Mirella Nascimento
“Terra da realeza mais famosa do Ocidente e uma das cidades mais cosmopolitas do mundo, Londres é sempre relacionada a ícones como seus ônibus de dois andares, as cabines telefônicas vermelhas, os táxis pretos e pontos turísticos como o Big Ben, a London Eye ou a Tower Brigde. Fã de história e de arte, não tive dificuldade de encontrar pontos de interesse na minha últilma ida à cidade, em 2014: museus e galerias como National Gallery, Tate Modern, Victoria & Albert e Saatchi Gallery, o teatro Shakespeare’s Globe, o musical sobre os Beatles “Let it Be“, as lojas descoladas do Soho. E, como minha amiga Sara, dedico sempre boa parte do roteiro para explorar a gastronomia local. Apesar da má-fama, a culinária britânica tem muito mais a oferecer do que fish & chips enrolado no jornal.
Nos mesmos pubs onde turistas e locais enchem a cara de boa cerveja (não se esqueça que a maioria dos estabelecimentos não tem permissão para servir bebidas alcóolicas depois das 23h, então chegue cedo!), é possível comer bons hambúrguers e, principalmente, tortas típicas como a Shepherd’s pie, com carne e batata. Aconselhada por um amigo fã de comida inglesa (sim, uma raridade!), meu principal objetivo gastronômico em Londres era provar um bom Sunday roast, outro prato tradicional, que consiste em um assado de carne (em geral, rosbife), Yorkshire puddings, batata e legumes cozidos com molho de carne.
Missão dada, missão cumprida.
Meus anfitriões – um brasileiro e um inglês – escolheram o Aurora, um restaurante meio escondidinho no badalado Soho, para me apresentar à tradição dominical. O resultado foi uma excelente refeição, com um rosbife perfeito e acompanhamentos deliciosos em menu completo, com direito a coquetéis, entrada, prato principal, sobremesa e vinhos.
Outra instituição britânica é o chá da tarde, né? Na bela galeria Serpentine, nos jardins de Kensington, fica o igualmente incrível The Magazine.
Descobri o prédio desenhado pela cultuada arquiteta Zaha Hadid apenas quando fui visitar a galeria e dei sorte de chegar bem na hora do chá. O menu com inspiração na culinária japonesa tinha miniporções salgadas (tartare de carne com crisp de batata doce, salmão defumado, lagosta, entre outros) e doces (tortinha de limão, pirulito de chocolate branco etc.), um suco e, claro, chá. Custou 25 libras e valeu cada centavo.
Nem só de tradição inglesa se faz a culinária londrina, é claro. Cosmopolita, a cidade abriga restaurantes especializados na gastronomia de diferentes locais do planeta. Em uma semana, tive a oportunidade de variar bastante o cardápio e gostei muito de locais como o francês Blanchette, que serve porções pequenas semelhantes às tapas espanholas, o Comptoir Libanais, com um menu bem variado de pratos árabes (bons e baratos!), e o Jamie’s Italian , o italiano do chef-celebridade Jamie Oliver. Fish & chips? Nem lembrei de comer dessa vez!”
Maravilha, né gente? Aqui é a Sara de volta!
Eu fiquei com água na boca lendo o relato da Mirella, E achei que vocês têm que conhecê-la. Fui lá no Facebook e roubei essa foto. De viagem, é claro – taí a Mirella em Barcelona.
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