Hoje falo pra vocês de um dos melhores restaurantes de comida árabe que já fui em Porto Alegre: o Damask, na Cidade Baixa.
Tinha sido convidada há muito tempo – desde o início do blog, há quase um ano. E fui deixando, deixando.
Nunca tinha prestado atenção nessa casa que fica na Sofia Veloso. Quando entrei, fui transportada pra outro lugar.
Tudo é muito simples, quase uma tentativa de reviver um pouco da Palestina, terra natal de Zuhair Qumsieh, proprietário que é responsável também pelo atendimento.
A esposa, Mari, natural de Santana do Livramento, prepara a comida como aprendeu em casa.
Fui com a Letícia Duarte, que como voltou há pouco da Europa, onde acompanhou migrantes sírios que chegavam ao continente (você leu a matéria? Se a resposta for não, para tudo e confere Refugiados – Uma História), fez questão de ir comigo. Até tentou algumas palavras em árabe com o Zuhair – que ficou feliz da vida!
Ele, todo orgulhoso, fez questão de apresentar os principais pratos da cozinha do Damask. Por isso, preste atenção: essa não é necessariamente a quantidade das porções do cardápio. Foram preparadas dessa maneira para que pudéssemos provar um pouco de tudo.
Pra abrir os trabalhos, uma cerveja importada do Líbano. Geladinha, perfeita pro dia.
E aí o Zuhair trouxe uma série de entradinhas. Pra mim, o melhor da comida árabe. Poderia passar só com as entradinhas. São leves e saborosas!
Esse humus estava perfeito. O grão-de-bico tanto na pasta quanto inteiro estava na textura perfeita.
Pasta de berinjela com tahine – das melhores que já comi. Na verdade, nunca havia comido um Mutabal com essa liga. Ah, você não gosta da planta? Tenta essa pasta mesmo assim. Não vai se arrepender.
Labne, ou creme de coalhada fresca. Essa, até bem suave. Adoro misturar coalhada com chancliche (o próximo prato) ou quibe cru.
Chancliche pra mim é praticamente uma refeição. Mistura tomate, cebola, pepino e um queijo especial árabe (o chancliche) que é macerado e misturado na hora. O hortelã também é super presente. Bah, salivei aqui lembrando dessa comida saborosa!
Esse é quibe cru. Diferente, né? Até a Letícia, que não é muito de encarar carne crua, curtiu. A carne é tão maceradinha e o trigo fica bastante tempo em água, até formar uma liga perfeita. Muito, muito, muito bom!
Pãozinho sempre acompanha, né!
Aí foi a hora dos pratos quentes. Eu já estava satisfeita com todas aquelas entradas, mas não ia deixar de provar, certo?
Zuhair trouxe uma amostra dos vários pratos que serve: shawarma, kafta e falafel.
Esse falafel me lembrou um que fica no bairro de Marais em Paris, na França. É uma das comidas mais deliciosas e baratas que se come por lá. Tanto que a fila é super democrática: estudantes, mochileiros e homens de negócios dividem o espaço. Ainda vou falar sobre esse lugar aqui no blog.
Mjadara: Arroz com lentilha e cebola, um clássico.
Sobremesa? Kataif com sorvete de creme. É um pastel de massa de sêmola assado, recheado com nozes e coco servido quente com calda de água de rosas, além do sorvete.
Aí, na finalização, um café árabe. Delicioso!
Parece que tudo é ótimo quando me apaixono por um lugar, certo? E é mesmo. Demorei para ir ao Damask, mas quando fui, ele se tornou automaticamente um lugar que passei a adorar. Vou novamente, e novamente. Levarei amigos que não comem carne – é uma ótima opção porque o cardápio é variado e tem muitas opções para gostos com e sem carne.
Ah, e pra quem pergunta – mas a Sara nunca desgosta de nada? Claro que sim! Mas esses lugares você não vai ver aqui no blog. Porque ele se chama Roteiro, ou seja, os lugares onde eu gostaria que meus leitores conhecessem. Certo? Então, vai lá conhecer o Damask. Eu ainda quero pedir os Kebabs – se você fizer isso antes de mim, volta aqui pra contar?
Saudações, então, a esse casal tão querido! Obrigada Mari e Zuhair!
Confira o cardápio e os valores do Damask
*Valores de novembro/2015
Confira a carta de vinhos do Damask:
*Valores de novembro/2015
DAMASK
Endereço: Sofia Veloso, 61 – Cidade Baixa – Porto Alegre – RS
Telefone: (51) 3026-0490
Funcionamento: das 18h às 24h, de segunda à sábado.
O Damask tem cerca de 50 lugares sentados e não faz reserva. A lotação é por ordem de chegada.
A la minuta e nhoque – os clássicos do Botequim da Alcides
COMENTÁRIOS
Ao enviar seu comentário você automaticamente concede AUTORIZAÇÃO para utilizar, reproduzir e publicar sua imagem e comentário, incluindo o conteúdo das suas declarações e opiniões, através de qualquer meio ou formato, em veículos de comunicação integrantes do GRUPO RBS.