Há artistas que marcam gerações. Este é o caso de Malcolm Young, guitarrista que deixou o AC/DC em 2014, por conta do avanço da demência, uma síndrome que deteriora as funções cognitivas.

A Classic Rock publicou um trecho de “The Lives of Brian”, biografia oficial de Brian Johnson, vocalista do AC/DC. A parte escolhida se refere ao afastamento de Malcolm Young. O guitarrista, que era reconhecido como líder do grupo, vinha sofrendo com o avanço da demência até chegar a um ponto que se tornou insustentável continuar performando. O lugar passou a ser ocupado por seu sobrinho, Stevie Young.

Brian iniciou recordando o dia da morte do colega.

“Ele tinha apenas 64 anos quando a demência contra a qual vinha lutando há anos finalmente o venceu. Um dia realmente terrível.”

Em seguida, reconheceu o protagonismo de Malcolm na banda:

“Quando Malcolm deixou o AC/DC em 2014, o coração da banda parou de bater. Até hoje sinto falta dele mais do que poderia colocar em palavras. Ele nunca perdeu nada, desde a performance de um membro da banda até o bem-estar de um membro da equipe. Eu não sei como ele fez isso. Ele tinha seus demônios, mas os derrotou. Seu jeito de tocar guitarra era magistral. E por trás desse som poderoso, havia uma sutileza que os críticos de música nunca conseguiram entender. De pé à sua direita no palco, eu só conseguia me maravilhar com o homem. Mas eu mantive minha admiração para mim na maior parte porque ele não era o tipo de cara que gostava de receber um elogio.”

“The Lives of Brian” já está à venda em inglês. A publicação no Reino Unido é da editora Penguin Michael Joseph. Nos Estados Unidos, a distribuição é da Dey Street Books.

Malcolm Young faleceu em 18 de novembro de 2017. Suas ideias de composições seguiram sendo aproveitadas pela banda nos álbuns mais recentes, “Rock or Bust” (2014) e “Power Up” (2020), gravados já sem a sua presença.