O eterno símbolo do reggae, Bob Marley, abordou temas relacionados à espiritualidade e ao movimento Rastafári na maior parte de sua obra. Uma das músicas mais famosas por propagar esse discurso é Redemption Song – também uma das últimas canções que o rei nos deixou antes de partir, em 1981.

Presente no álbum Uprising, a música se torna mais especial ainda por ser considerada um hino do simbolismo da resistência negra. Para entender um pouco mais sobre a história dessa música magnífica, continua lendo o post que no Além da Letra de hoje a gente te explica!

Bob Marley escreveu Redemption Song em 1979 quando sua doença já havia se manifestado. O artista optou por não amputar o dedo como foi indicado pelos médicos, por conta da sua fé e valores baseados no movimento Rastafári, portanto tinha consciência que o câncer poderia lhe levar a qualquer momento.

Na filosofia Rastafári, o corpo é visto como um templo que não pode ser modificado, assim, não é visto como parte do movimento remover qualquer parte do corpo, mesmo que haja doença. E a libertação de Bob Marley é simbolizada em Redemption Song, que de acordo com a sua esposa, Rita Marley, toda essa atmosfera influenciou o disco e principalmente a faixa.

Assim, a música se tornou uma espécie de hino à liberdade e defesa dos povos negros, com letra baseada no discurso de Marcus Garvey – orador africano. Significa a redenção de um homem que estava consciente da sua condição, e compreendia que que a sua missão neste plano, estava prestes a encerrar.

Ao se render, ele passa isso de forma leve, com amor e fé, incentivando a união do povo. Faz a celebração de uma vida livre, sem escravidão mental, com a crença em algo superior. Todas essas coisas, fizeram com que Redemption Song expressasse o perdão de todo um povo pelo mal que lhe foram feitos. Marley quis se despedir com uma mensagem de total igualdade a todos os seres humanos.

Agora que você já sabe o significado dela, vale relembrar ela a todo volume.