juro que pretendia começar este texto tratando a pontualidade com que tudo começou na noite da última terça, 4 de dezembro, mas logo perdi a noção.
logo pensei no conceito – e também título de um disco de smokey robinsontime flies when you’re having fun, quando lee musiker (piano), gray sargent (guitarra), marshall wood (baixo) e harold jones (bateria) pisaram no palco.

me sentia pronto para um passeio através das décadas da segunda metade do século xx.

os quatro excelentes músicos abriram passagem honrando os negócios da família benedetto,  acompanhando antonia, filha de tony bennett, cuja lenda reza que canta desde os 4 anos de idade, acompanhando o papi, e depois com educação formal na renomada berklee, em boston.

após seis músicas no palco, incluindo uma versão em inglês pra chega de saudade, antonia cumprira a missão de aquecer o público para o que estava por vir.

aclamado em seus primeiros passos no palco de um teatro lotado, tony chegava para um desfile de standards da música americana.
aos 86 anos, milhões de discos vendidos, quase duas dezenas de grammy’s na prateleira, a brincadeira começava com a sugestiva watch what happens, cujos versos iniciais poderiam servir como uma provocação.

numa interpretação livre, a canção, famosa também na voz de frank sinatra, soava como um pedido para que o público deixasse ser conduzido por tony para ver o que ele faria a partir de então… “deixe ele pegar em sua mão, permita que ele lhe toque e veja o que acontece…“.

o flerte era irresistível… ora vinham com beijos atirados à plateia, ora com dancinhas e agradecimentos a todo o momento.
foram 24 temas, que incluiam i got rhythm, steppin’ out with my baby, because of you, once for my baby, boulevard of broken dreams, além de duas que você confere nos vídeos abaixo, for once in my life (imortalizada também por stevie wonder) e i left my heart in san francisco.


fiquei boquiaberto com seu domínio de palco…

óbvio que não deveria me surpreender com isto, mas ouvir sua voz preencher o auditório sem o recurso de um microfone, como em fly me to the moon, última música do show, me deixou perplexo, e provavelmente deixará argentinos e chilenos também nesta semana. amanhã ele canta em buenos aires e sábado em santiago.

em seu site oficial, é possível constatar que até maio de 2013 sua agenda está lotada de shows, e o mais incrível é saber que ele não pretende parar.
parafraseando um dos clássicos de ontem, the best is yet to come…
obrigado, tony!

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