O Umberto é mais do que um restaurante, é um lugar para ter experiências gastronômicas. E também visuais. Esta é uma síntese da minha primeira ida o imponente sobrado na Rua Mata-Bacelar, ali em um dos cruzamentos da agitada Nova York.

O prédio de dois andares é imponente e impressiona a partir do momento em que se entra, quando imediatamente sugere uma viagem pelo tempo, através de dezenas de  peças de antiquário.

São aparelhos de rádio,  bicicletas  e lambretas – a marca registrada da casa, tanto em miniaturas como em tamanho normal,  embalagens de produtos alimentícios clássicos e fotos em preto e branco, que remetem a uma Europa bem anterior ao euro. Tamanho esmero e informação logicamente também se refletem na cozinha, comandada pelo chef Michel Vallandro. Com pouco mais de  30 anos de idade, Michel tem 15 de experiência pela gastronomia. É um sujeito bem informado, que já rodou o mundo e sabe muito bem o que está oferecendo para seus clientes. Em 2007, tinha criado o Francesco, bistrô batizado em homenagem ao primeiro filho e que ficava na  Benjamim Flores com a Otávio de Carvalho. Não conheci, mas dizem, fez história em Porto Alegre. 

Beto Xavier e o chefe do restaurante Umberto,  o jovem Michel Vallandro

Há dois anos, nasceu o Umberto, agora em referência ao seu segundo filho. A proposta é oferecer uma gastronomia diferenciada, com personalidade, sofisticada sim, mas ao mesmo tempo simples e sem muitas firulas, tendo como base a cozinha italiana, mas com toques brasileiros. O carro-chefe da casa é o menu-degustação, oferecido no jantar e composto de couvert , entrada, dois pratos principais e sobremesa. No almoço, uma versão mais reduzida e logicamente mais acessível. Detalhe: as opções mudam a cada semana e o cardápio impresso em papel reciclado é trocado a cada sete dias, com a inclusão de novos pratos.

Beto Xavier degustando a Vitela à Italiana fundida ao sabor brasileiro,  prato tradicional do restaurante Umberto

Fui ao Umberto especialmente para provar o que  é oferecido no Festival Sabor Brasil: Vitela à Italiana fundida ao sabor brasileiro. Dois altos e generosos filés,  servidos sobre uma base de polenta mole e molho cítrico. Para acompanhar um bom vinho. Desta vez,  um português do Douro, um dos destaques da certeira carta que  oferece tintos, rose, brancos e espumantes muito bem escolhidos.

Saí do Umberto,  com um pensamento: porque que eu não vim aqui antes?

O que você está esperando?

Por Humberto Xavier