O chef Carlos Kristensen foi tantas vezes eleito pelo Veja Comer&Beber melhor chef da cidade que até já perdi a conta. Mais do que isso – ele é eleito pelos seus clientes, a cada jantar, como o melhor e mais talentoso designer de sonhos gastronômicos do mundo.

Hashi Carlos Kristensen

Cacá de dólmã novinho. Que em poucos dias já fica marcado pela cozinha – pra orgulho do chef mão na massa

Ok, sei que é um exagero. Mas o Cacá também é um exagero. De competência.

A primeira vez que o conheci fui cheia de dedos – ainda estava na madrugada da Gaúcha e só o que sabia dele era que era o melhor chef do melhor restaurante da cidade. Nunca tinha colocado os pés no Hashi.

Pois quem encontrei foi uma pessoa simples, com riso franco e verdadeira paixão pela comida. O segundo momento foi finalmente provar a comida do Cacá Kristensen. Aí foi amor eterno! Por ele e por toda a equipe, especialmente pela braço direito Luciane Pacheco Scherer, amor da vida do chef e psicóloga (e isso não é figura de linguagem, ela é mesmo psicóloga clínica).

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Na noite dessa segunda fui conhecer o primeiro jantar dos dez anos do Hashi. Kristensen não para. Um dia está levando a churrasqueira para dentro da cozinha:

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No outro esta andando por esse Rio Grande e Brasil em busca do queijo serrano ou do pato defumado.

Há dez ano Cacá deixou a praia do Rosa, onde começou vendendo sushi na beira da praia e acabou tendo um dos mais badalados restaurantes e abriu o Hashi em Porto Alegre.

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Sorte nossa e de quem veio depois – o empreendimento abriu caminho para a cozinha de autor, hoje tão celebrada na cidade.

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A super adega do Hashi

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O cardápio de celebração do aniversário é o Cozinha de Fogo. Não é pra morrer comendo, é uma experiência gastronômica muito diferente onde tudo combina com tudo. Mas não se engane: eu sou gulosa e saí super satisfeita.

Vou contar e mostrar pra vocês, agora, passo a passo dessa experiência gastronômica que me levou do êxtase à uma quase brabeza – tudo estava tão, tão bom, que não tive como dizer “mmm, esse aqui vou deixar de lado, não ficou exatamente como seria legal“. Logo eu comi, comi, comi, e ainda peguei o que a Julia Alves não conseguiu comer. Sim, sou dessas.

Olha a Fer Pandolfi (que por sinal fez um texto lindo sobre a história do Cacá e o Hashi, confere aqui) e a Julia, super conectadas.

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A recepção é feita com um picolé de caipirinha de butiá da Crëam Sorvetes. Amo butiá, tinha um pé em casa e adorava comer as frutinhas – e depois quebrar a semente para capturar a castanha. O sabor é idêntico ao butiá. E você sabe, o pessoal ama fazer cachaça com butiá

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Aí a entrada, onde já se vê a arte do Carlos Kristensen: Lagostim assado, cará defumado, toranja, pó de cítricos e camarão seco.

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Para acompanhar, um limoncello artesanal (e forte! nhami!).

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A partir daí passamos a harmonizar a noite com um espumante brut da Cave Pericó, de Santa Catarina. Um dos grandes espumantes brasileiros.

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Aí, gente, é a hora da charcutaria. Conheci esse termo há alguns meses e agora tá por todo lado. Porque a gente ama embutidos (eu amo, pelo menos). Mas com toda a história da OMS o pessoal ficou meio preocupado. Mas com a produção caseira controlada, é mais fácil voltar a se deliciar.

E olha só – na pedra o Cacá indicou exatamente o que estávamos comendo. Tudo muito, muito bom. Mas o magret de pato defumado simplesmente me trouxe lágrimas ao olhos. Vocês já se emocionaram com comida? <3

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Aí era hora do primeiro prato. Pra mim, o preferido. De novo o magret de pato -agora assado com sal grosso. Acompanhando de legumes braseados e seu molho.

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E no segundo prato, costelão 12h. Sim, em um prato de alta gastronomia. Com vinagrete de couve e linguiça artesanal, batata-doce defumada (na churrasquerinha que vem quente pra mesa). Do ladinho pirão de feijoada, picles de abóbora de pescoço e cebola roxa.

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Sim, tem gordurinha. Mas o pedaço é pequeno e por favor, se é costela, não vai comer a gordura?

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Acha que acabou? Não, né. Hora dos queijos. Sim, tem queijos: locais e nacionais. Serrano, canastra, colonial, geleia de marmelo e doce de abóbora. Sabe: o Hashi é internacionalmente local.

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Eu não ia comer sobremesa. Não ia. Olha isso. Frutas assadas com uma calda de cumaru e leite de castanha (parece um leite condensado diferente, perfeito, a Julia que não foi no pato foi em uma cobertura dupla dessa. E eu fui a cobertura dela tirar um pedágio.)

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Pra terminar? Merengue com fogo! Pra celebras os dez. Que eles virem mil, Cacá! (sabem, né, eu também sou exagerada!)

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Agora, algumas explicações. Esse menu de aniversário, sem bebidas, está R$178. Vai de 30 de novembro a 05 dezembro, sempre a partir das 19h30. Mas é possível pedir os pratos que estão no menu habitual do lugar.

** Visitei o lugar, dessa vez, a convite do Hashi pelo aniversário. Mas não é minha primeira vez lá – e sou apaixonada, de verdade, pelo trabalho do Cacá.

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Endereço: Av. Desembargador Augusto Loureiro Lima, 151 – Bela Vista – Porto Alegre – RS

Funcionamento: de segunda a sábado, das 19h30 às 24h.

Telefone: (51) 3328-0005

O local possui serviço de manobrista com custo de R$20.

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