O último show do Black Sabbath, que aconteceu no dia 5 de julho, em Birmingham, foi histórico. Batizado de Back to the Beginning, o evento reuniu lendas do metal como Metallica, Guns N’ Roses, Slayer e Pantera, arrecadando mais de 190 milões de dólares para causas beneficentes. Mas se o palco esteve cheio de estrelas, algumas ausências não passaram despercebidas.

Bandas e artistas que ficaram de fora do evento

Iron Maiden

Entre as ausências mais comentadas, está a do Iron Maiden. Desde o polêmico episódio no Ozzfest 2005, quando Bruce Dickinson foi vaiado e até atingido por objetos jogados pelo público a mando de Sharon Osbourne, os fãs especulam uma má relação entre as bandas. Apesar disso, Sharon afirmou recentemente que “Ozzy só tem respeito pelos caras do Maiden”, negando veto direto ao grupo.

A realidade é que o Iron Maiden estava em turnê na Europa, inclusive com show em Madri na mesma data. Mesmo assim, fãs não deixaram de sentir falta de ver os gigantes britânicos dividindo palco com seus conterrâneos.

Judas Priest

Outro nome muito esperado era o Judas Priest. Rob Halford e companhia até receberam convite para o evento, mas já tinham compromisso como atração de abertura do show de 60 anos do Scorpions em Hannover, no mesmo dia. Sharon Osbourne ofereceu até um jato particular para tentar conciliar as agendas, mas a banda preferiu não arriscar atrasos que poderiam prejudicar as duas apresentações.

Rush

A ausência de Alex Lifeson e Geddy Lee, do Rush também foi sentida pelos fãs. Ambos estavam na lista inicial, mas acabaram se desvinculando do evento por conta de “outros compromissos profissionais”, conforme informou a produção do show. Nenhum detalhe específico foi divulgado.

Wolfgang Van Halen

O filho de Eddie Van Halen, Wolfgang Van Halen, também era presença esperada para uma participação especial. No entanto, ele optou por não viajar, pois sua banda Mammoth WVH foi confirmada de última hora como atração de abertura do show do Creed nos EUA. A logística seria inviável, segundo fontes próximas.

Soundgarden

Os remanescentes do Soundgarden — Matt Cameron, Ben Shepherd e Kim Thayil — chegaram a figurar na lista de convidados, mas precisaram cancelar devido a conflitos de agenda. Em comunicado, a banda lamentou a ausência e elogiou o evento, dizendo que “teriam ficado honrados” em homenagear o Sabbath.

Deep Purple

Outro conterrâneo do Black Sabbath que não compareceu ao evento foi o Deep Purple. O vocalista Ian Gillan inclusive gravou o disco Born Again com o Sabbath em 1983. Poderia ter sido um momento histórico vê-lo no palco com ex-colegas, mas Gillan nunca escondeu sua insatisfação com o disco. O Deep Purple não se manifestou sobre o assunto.

Paul McCartney

Ozzy Osbourne nunca escondeu sua admiração pelos Beatles e, em diversas entrevistas, já citou Paul McCartney como um de seus maiores ídolos. Seria histórico ver Ozzy e Paul dividindo o palco no show de despedida do Black Sabbath.

Megadeth

Faltou também no lineup o Megadeth, outro nome essencial do heavy metal que carrega laços musicais com o Black Sabbath. A banda gravou uma versão de ‘Paranoid’ para o álbum tributo Nativity in Black, que também apareceu no EP Hidden Treasures.

Banda misteriosa foi desconvidada

O caso mais curioso envolve uma banda cujo nome não foi revelado. Durante entrevistas, Sharon Osbourne revelou que precisou “desconvidar” um grupo após o empresário exigir um cachê para se apresentar, mesmo sabendo que o evento tinha caráter beneficente. “Não era hora de alguém tentar ganhar dinheiro às custas do Ozzy ou do Sabbath”, disparou Sharon em entrevista à People.

Desde então, tem sido especulado que a banda em questão poderia ser Mötley Crüe, KISS, Foo Fighters ou até o Limp Bizkit, mas até o momento, não houve confirmação oficial. O próprio Nikki Sixx, do Mötley Crüe, negou envolvimento e disse que a banda não participou apenas porque não estava escalada, embora tenha elogiado o evento.

Um adeus grandioso, apesar das ausências

Além de entrar para a história como o último grande ato do Black Sabbath, o show Back To The Beginning também teve impacto fora dos palcos. A arrecadação inicial, estimada em US$ 190 milhões, foi superada.

O guitarrista Tom Morello, do Rage Against the Machine, que atuou como diretor musical do espetáculo, foi um dos primeiros a divulgar os números impressionantes nas redes sociais. A arrecadação final superou, com folga, os US$ 100 milhões levantados pelo FireAid em Los Angeles no início deste ano.