David Gilmour, o grande guitarrista do Pink Floyd, revelou algo que o público desconhecia sobre o processo por trás do álbum The Endless River, o último disco de estúdio da banda.
Em uma entrevista recente ao Los Angeles Times, transcrita pela revista Classic Rock, o artista contou que a criação do álbum não foi motivada pela banda, mas sim por pressão da gravadora.
“Quando fizemos esse álbum, havia uma coisa que Andy Jackson, nosso engenheiro, havia montado chamada ‘The Big Spliff’ – uma coleção de pedaços de jams [das sessões de The Division Bell de 1994]. Muitos fãs queriam essas coisas que tínhamos feito naquela época, e pensamos em dar a eles”.
Conforme Gilmour relatou, a intenção inicial era presentear os fãs com essas gravações de maneira despretensiosa, sem o peso de um lançamento oficial. Porém, a gravadora insistiu para que o trabalho fosse produzido como um disco final da banda.
“Meu erro, suponho, foi ser intimidado pela gravadora para lançá-lo como um disco do Pink Floyd… Deveria ter ficado claro o que era – nunca foi planejado para ser a continuação de The Division Bell”.
O guitarrista desabafou que o álbum é diferente do que o Pink Floyd produzia
Refletindo sobre sua decisão, David Gilmour ainda falou que The Endless River, composto principalmente por faixas instrumentais, foge do formato tradicional do Pink Floyd. Segundo ele, apenas ‘Louder Than Words’ é a única música com vocais principais.
Ainda assim, o álbum foi bem recebido pelos fãs, que viram na obra uma despedida honrosa.
Ele ainda falou da recente venda do catálogo da banda
David Gilmour expressou alívio e satisfação com a recente venda do catálogo do Pink Floyd, que marcou o encerramento de um longo capítulo da banda. “É história – é tudo passado. Essas coisas são para as gerações futuras”, comentou.
Para ele, deixar o legado nas mãos de novos cuidadores é uma despedida bem-vinda após anos de conflitos. A Sony Music adquiriu os direitos sobre as gravações, o nome e a imagem da banda por 400 milhões de dólares, um acordo que Gilmour descreveu como “adorável dizer adeus”.
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