Na semana passada foi conturbada para o Spotify. Na última segunda-feira (24), a plataforma recebeu um ultimato do cantor Neil Young: ele não deixaria mais suas músicas na plataforma caso Joe Rogan, podcaster acusado de espalhar desinformação sobre o covid-19, permanecesse no serviço de streaming.

Joe Rogan comanda o podcast de entrevistas mais ouvido do Spotify nos Estados Unidos e teria recebido R$ 568 milhões para transmitir exclusivamente seu programa no aplicativo. Diante de tanto investimento, a ação e pedido de Neil não teve o final que desejava, assim, o cantor retirou as suas músicas da plataforma. Logo em seguida, a cantora Joni Mitchell também retirou suas músicas do aplicativo em apoio a Neil.

Após o ocorrido, a gigante do streaming tomou a decisão de colocar avisos para prevenir a desinformação em programas que tratem da pandemia da Covid-19. Em seu programa, Rogan já entrevistou uma série de militantes antivacina.

A polêmica não só atingiu os artistas, mas também os usuários que chegaram a cancelar suas assinaturas premium. Isso fez com que o streaming musical perdesse estimados 2 bilhões de dólares de valor de mercado – em 2021 a empresa teve valor declarado de 9 bilhões.

Mitchell e Young se pronunciaram desta maneira por conta da importância da vacina na vida dos artistas. Ambos sofreram na infância com a poliomielite, cuja vacina só passou a ser aplicada na década de 60 (o cantor nasceu em 1945 e ela dois anos antes).

Rogan também se manifestou sobre a questão em um longo vídeo postado no Instagram. O apresentador disse que nunca quis espalhar desinformação ou ser controverso e que “falar com as pessoas” sempre foi a sua grande meta.

Mesmo após a polêmica, Joe Rogan, que tem um contrato de exclusividade por vários anos com o Spotify, permaneceu na programação do streaming. Neil Young e Joni Mitchell ainda não retornaram para a plataforma.