A equipe da Itapema FM reuniu neste post dicas sobre os discos que mais escutou durante 2011. Tem de tudo: rock, blues, soul, folk, indie, eletrônica, MPB e mais! Para nós, estes são os melhores do ano!!
Fábio Codevilla Coordenador de Produto e Programação da Itapema FM Porto Alegre e responsável pelo programa A Casa do Soul (veja aqui e ouça aqui) 1º Velociraptor – Kasabian Os caras conseguiram lançar um disco tão bom quanto o de estreia, há 7 anos. Pouco de lisergia com uma citação a Beatles na faixa La Fee Verte, e punch suficiente pra sair quebrando o pescoço pra frente e pra trás como nas faixas Re-wired e Days are forgotten, minhas favoritas do disco. 2º High Flying Birds – Noel Gallagher Aos que nutriam alguma afinidade pela finada banda dos irmãos Gallagher, se locupletaram com o primeiro trabalho solo de Noel. Álbum produzido no tempo certo, com silêncio e coerência, e que confirma o que muitos já sabiam: Noel sempre foi a mente pensante do Oasis.
3º Black and White America – Lenny Kravitz Há quem possa dizer que é mais do mesmo… Pra quem sempre foi fã do cara, maravilha! A mistura inconfundível e nas proporções certas de rock, soul, funk, blues e pop associada a composições com tons autobiográficos e consequente teor social foram suficientes pra eu colocar Lenny Kravitz até de despertador em casa. Há climas para todos os dias da semana.
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Cagê Mentor dos programas Classic Rock e Rock and Blues (veja aqui e ouça aqui) 1º Bad as me – Tom Waits O bardo não lançava disco desde 2004. E valeu a pena esperar. Bad as me traz o velho Tom com sua voz rouca e rasgada. Letras irônicas e ácidas sobre a vida e sobre a desesperança que rola no mundo. Participações pra lá de especiais, que vão de Charlie Musselwhite a Keith Richards, passando pelo baixista do Red Hot, Flea.
2º Roots – Johnny Winter Talvez o lançamento mais importante do ano no quesito blues. Há sete anos sem lançar um álbum de estúdio, o mestre albino do blues regrava grandes clássicos do gênero. Como diz o título, vai fundo nos primórdios: sons que marcaram época no sul dos Estados Unidos.
3º Let your hair down – Steve Miller Band Um disco de resgate do blues de Chicago. Com melodias eficientes, Steve Miller mostra por que tem que ser considerado um dos grandes guitarristas de rock’n’blues de todos os tempos.
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Humberto Xavier Especialista em MPB e futebol, é apresentador do Som Brasil Bonito e do Wake Up.
1º É Luxo Só – Rosa Passos Uma linda homenagem de uma cantora exemplar para a “divina” Elizeth Cardoso.
2º Wynton Marsalis & Eric Clapton Play The Blues – Live From Jazz At Lincoln Center Encontro de dois gênios em seus instrumentos.
3º Chão – Lenine E no chão que se joga.
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Danilo Fantinel Editor online dos sites da Itapema e da Atlântida, autor do blog Volume
1º What Did You Expect From The Vaccines? – The Vaccines O indie rock britânico do Vaccines é simples e direto, por isso é bom e levou o meu número um em 2011. No disco de estreia, a banda faz referências a Smiths, Jesus and Mary Chain, Arctic Monkeys e Strokes ao apostar rocks e guitarras que variam entre a melancolia provocada pelo amor e pela desilusão e a urgência desprendida da paixão e do sexo. Com influências musicais e temas universais deste quilate é impossível compor um disco ruim. O título do álbum, ligado ao hit Post Break-Up Sex e a seu refrão-verdade (“Post break-up sex / That helps you forget your ex / What did you expect from post break up sex?”), aponta para o vazio existencial do homem nos nossos dias, sentimento que codifica o disco. 2º James Blake – James Blake Depois de lançar seis EPs e singles entre 2009 e 2010, incluindo os excelentes Air And Lack Thereof e CMYK, que chamaram a atenção ao propor uma fusão entre jazz, R&B, lo-fi, indie electronic minimalista e IDM, James Blake finalmente entregou seu disco de estreia. Denso e introspectivo, o álbum verticaliza a sensação de não-pertencimento que há nas composições do músico. São canções desconstruídas, dissonantes e desconcertantes. O ponto alto é o genial cover de Limit to Your Love, da Feist, em downbeat atmosférico, cheio de graves e reverberações. 3º Yuck – Yuck Entre distorções e microfonias, a banda britânica lançou um disco claramente inspirado no indie rock norte-americano de bandas como Pixies, Pavement, Galaxie 500, Guided by Voices e Wilco. O álbum se divide entre rocks rápidos e metálicos, e baladas pop com guitarras mais calmas. Como toda guitar band independente, Yuck cria composições livres sonoramente, mas ainda assim com alguma carga pop. Só é preciso escutar atentamente.
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Márcio Grings Coordenador de Produto e Programação da Itapema FM Santa Maria e autor do blog do Grings
1º Bad As Me – Tom Waits
Nosso herói é conhecido por seus estranhos métodos de trabalho. Tom Waits confessou que compõe alguns dos seus temas a partir de gritos solitários vociferados no seu automóvel. Waits também disse ao jornal austríaco Die Presse que conduz o seu carro por aí e grava num pequeno gravador. “Como tenho família, o único lugar tranquilo é o carro. Ou então vou para o estúdio, entro em transe e descarrego a letra de uma forma mágica. Um pouco como um vendedor de bíblias bêbado”. Antes mesmo de ser lançado, Bad As Me, novo álbum de Tom Waits já ganhou status de um dos melhores CDs do ano. O trabalho tem menos crueza do que de costume, e os arranjos estão muito caprichados. Isso não significa que encontraremos um disco rebuscado de arranjos e repleto de “piripaques” tecnológicos, bem pelo contrário, o lance ainda soa beat, direto e minimalista. Entre os convidados, o bluesman branquelo Charlie Musselwhite toca gaita em cinco faixas e Flea (do Red Hot Chili Peppers) toca baixo em Hell Broke Luce. O destaque principal fica por conta do pirata Keith Richards, que manda ver na guitarra e canta em The Last Leaf e Satisfied. Falando em satisfação… Esta última canção é um blues raivoso e hipnótico, carregado pelo riff de Keith. Até dá os ares de Satisfaction, dos Stones, ainda mais quando o ouvimos cantar: I said I will have satisfaction.
2º Helplessness Blues – Fleet Floxes
Helplessness Blues é o 2° CD dessa banda de Seattle liderada pelo guitarrista/cantor Robin Pecknold. As influências do Fleet Floxes passam por Bob Dylan, Neil Young e Beach Boys. Tá ruim de referencia, né? A faixa título dá uma boa pista daquilo que você encontra com essas novas raposas do folk, gospel e country-rock. Confesso que esse é um daqueles trabalhos que me causam sentimentos dúbios quando o ouço. Consigo ficar arrebatado por canções como Montezuma e Bedoim Dress, no entanto, a jogada retro acentuada proposta pelo grupo de vez em quando aporrinha o saco, já que as melodias oferecem poucas variações melódicas. Soa repetitivo. O trabalho parece que foi gravado no final dos anos 60, com dose dupla de tempero folk barroco e rock clássico. Em suma: um disco perfeito para bichos-grilo (como eu) que ainda não se conformaram com o fim dos anos 60. Como diria Walt Whitman: “Contradigo-me? Pois bem, contradigo-me. Sou amplo, contenho multidões”. Com todos os seus defeitos (e qualidades, é óbvio!), o destaco como uma das pérolas do ano. Desconfie daquilo que lhe causa uma estranheza inicial, afinal, não é todo dia que podemos conferir novas bandas de rock que se arriscam em revisitar os anos 60 sem cair no óbvio. E o Fleet Floxes tem café no bule e muita lenha pra queimar. Já estou no compasso de espera para o próximo disco, pois acredito que eles estejam bem perto de acertar o alvo em cheio. Que venha um novo CD dos Floxes em 2012.
3º No Time for Dreaming – Charles Bradley No Time For Dreaming é um excepcional álbum de soul music para apaixonados pela old school do gênero. A sonoridade do CD é totalmente vinculada à era de ouro da música negra, e temos a impressão de que se trata de um álbum esquecido nos porões do tempo. Olhando a estampa do coroa, dá pra dizer que Charles Bradley parece uma mistura de Tony Tornado com James Brown. Apesar de estar estreando em um álbum, esse soul man de 63 anos é o que podemos chamar de veterano iniciante. Da capa com visual retro a aquilo que ouvimos vazar das caixas de som, No Time For Dreaming é um excepcional disco de soul. Além das canções, rola algumas vinhetas ou temas instrumentais pela banda que o acompanha no CD, a Menahan Street Band, uma rapaziada danada de boa que faz interlúdios espertos e dá refresco e beleza ao contexto do trabalho. Só preciso de dois sons pra convencer o leitor/ouvinte do requinte da obra: tasque no player em The World (Is Going Up In Flames ou Heartaches and Pain, última faixa do CD, e você saberá do que estou falando. Que Charles Bradley não pare por aí.
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Tomás Seidl Coordenador de Produto e Programação da Itapema FM de Caxias do Sul
1º Mafuá – Yamandú Costa O que dizer do mais novo álbum desse talento maior que o mundo a não ser que Yamandú Costa está cada vez melhor, mais maduro e elegante? Destaque para a faixa 2, Elodie, escrita para a esposa.
2º Lioness: Hidden Treasures – Amy Winehouse Os últimos registros oficiais da última grande voz feminina a caminhar sobre a Terra. Obrigatório. Destaque para a faixa 7. Amy consegue destruir a mesmice até da música mais tocada no mundo: Garota de Ipanema.
3º Ukulele Songs – Eddie Vedder Bem… o que poderia dar errado nessa combinação? Em uma época de cada vez mais bandas de um único hit, o icônico vocalista do Pearl Jam lança seu segundo álbum solo tocando o pequeno violão havaiano. Para curtir a caminho da (ou já na) praia. Meu destaque é a faixa 5, Goodbye.
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Ana Cristina Bittencourt Comunicadora da Itapema FM Santa Maria
1º High Flying Birds – Noel Gallagher Com Noel Gallagher’s High Flying Birds, o britânico provou quem era a parte criativa e talentosa do Oasis. Em sua estréia como artista solo, o disco se destaca nos arranjos orquestrados, compostos por guitarras, percussão e sopros, apresentando faixas adoráveis de ouvir, como AKA…Broken Arrow e The Death of You and Me. Mais do que isso, particularmente, esse disco veio comprovar que meu ranço com o Oasis era tudo culpa do Liam. 2º 21 – Adele Sem muito que dizer sobre o disco que bateu inúmeros recordes desde seu lançamento. Entre eles, a façanha de ser o mais vendido do século no Reino Unido. Mas isso é motivo para ser um dos melhores álbuns de 2011? Lógico que não. Mas não há como contestar a voz poderosa dessa britânica, além de ótimas composições e belíssimos arranjos, com destaque para o piano. Um álbum maduro, consistente e bom de ouvir do início ao fim. 3º Collapse Into Now – R.E.M. O 15º disco da sólida carreira do R.E.M. foi também o derradeiro. Gosto porque os caras fecharam bem o ciclo, com um disco que nos remete às melhores fases da banda. Uma boa surpresa foram as composições, deixando de lado as ideologias políticas para se voltar às experiências pessoais. Não bastasse isso, Collapse Into Now ainda traz excelentes participações de Lenny Kaye, Eddie Vedder e Patti Smith.
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Aline Ellwanger Comunicadora e assistente de programação da Itapema FM Porto Alegre 1º Lioness: Hidden Treasures – Amy Winehouse
Com certeza a principal perda para a música nos últimos anos. Como fã incondicional da doida problemática, mas igualmente sensível e generosa, me senti um pouco menos saudosa e triste com a divulgação do seu álbum póstumo. O disco traz gravações inéditas e outros ensaios inquestionavelmente incríveis, nos quais Amy arrepia mais uma vez e aumenta o sentimento de saudade de uma das melhores coisas que apareceram na música nos últimos tempos.
2º Toque Dela – Marcelo Camelo
Melódico, com arranjos musicais tão impressionantes quanto os do álbum solo de estreia do cantor, de 2008, ao lado da banda Hurtmold. Suavidade, poesia e sinceridade são algumas características do trabalho do ex-Los Hermanos, que vale a pena ser ouvido naqueles dias tranquilos e serenos, quando você está de bem com vida.
3º Wasting Light – Foo Fighters
Com aquela energia habitual do grupo norte-americano, Wasting Light chegou em 2011 um tanto mais pesado que os outros trabalhos dos caras, e com uma pegada muito mais rock’n’roll – o que acabou sendo um dos motivos da minha escolha. Gravado na garagem do vocalista Dave Grohl, o novo disco veio com a intenção de ser ouvido por plateias menores, em um clima mais intimista, quem sabe. Mesmo assim, perfeito para ser apreciado no último volume, seja em casa, no carro ou naquela festa style.
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