Cascatas, natureza exuberante, suco de uva, vinhos e produtos coloniais. Não bastasse esse combo maravilhoso, Rolante ainda tem uma comunidade calorosa, que te convida a entrar em casa para tomar um chimarrão e ainda te faz prometer voltar. A cerca de 1h40 de Porto Alegre, é um paraíso próximo e ainda pouco conhecido.

No último fíndi fui conhecer o Caminho das Pipas – onze cantinas que produzem sucos e vinhos, localizados no 4° Distrito de Rolante, na localidade denominada de Boa Esperança. O lugar ainda oferece cachoeiras juntinho da estrada, uma vista de tirar o fôlego na Pista de Voo Livre e cucas, massas, queijos e embutidos, tudo produzido por lá.

Como era feriado (Sexta-feira Santa), consegui visitar só a vinícola Bennato, da família Sbardelotto.

O lugar produz principalmente vinhos com uva de mesa. E sucos… saí carregada com quatro litros de um delicioso suco de uva. Sim, gente, a melhor coisa para o dia seguinte de um excesso com a bebida preferida de Baco é o próprio suco de uva!

Sem contar que as geleias preparadas pela própria família são tudo de bom! Leve um pote da de goibada. Ou cinco. Ou todos.

A ideia de tempo por lá é completamente diferente. Sem pressa. E essas cores, gente!

Não fui ao restaurante local, o Figueira Branca, mas sei que o lugar nos fins de semana, quando serve uma deliciosa comida italiana e colonial. O Caminho das Pipas ainda oferece produtos coloniais na Casa de Massas da Gringa e na Agroindústria Verônica.

Confira todas as cantinas e operações no site, que é super completo: caminhodaspipas.com.br

A “Agroindústria” é uma fábrica de pães e massas junto à casa da Verônica. Entre suculentas e flores, ela nos recebeu com um sorriso no rosto, cuca recém assada e chimarrão na mão.

Em frente à propriedade, do outro lado da rua, um casal arrumava o jardim.

Ao fundo da sua casa, praticamente de bonecas, se avista a cachoeira Três Quedas.

É quase inacreditável que exista essa beleza ali, do ladinho da estrada.

Merece uma vista mais de perto, né?

Essa afabilidade da comunidade de Rolante me ganhou. As portas abrem, os sorrisos são permanentes. E eu a a mãe precisamos até fazer uma selfie antes de ir embora, né Verônica? “Não esqueçam de me adicionar no Face”, orientou.

As cucas e massa que a Verônica prepara com o filho e a nora são imperdíveis!

O caminho é cheio de surpresas também na arquitetura histórica.

Endereços, horários e contatos dessas e de outras operações locais podem ser conferidos no site oficial: caminhodaspipas.com.br.

Parque Municipal da Asa Delta – Voo Livre

Resolvemos seguir as placas e conferir a Pista de Voo Livre. O caminho não é dos melhores, mas a surpresa no alto do Morro Grande vale o esforço da subida.

O espaço tem estacionamento, quiosque, banheiros, iluminação e mirante.

Não é permitido entrar com bebidas alcoólicas ou aparelhos sonoros.

Eu sei, gente. Ainda não consigo lidar com tanta beleza. Vejo as fotos e me pego viajando, de novo.

Não esqueça de levar o chimarrão. O lugar é perfeito para isso!

Camping Wolff

Desde o primeiro contato com a prefeitura de Rolante para saber mais sobre o Caminho das Pipas, o contato sempre foi afável e rápido. Não me apresentei como jornalista ou comunicadora – é essa a maneira de receberem os visitantes, que são importantes para a economia e desenvolvimento do turismo local.

Como o restaurante da rota não estava aberto, me indicaram um camping, na entrada da cidade, para o almoço. E QUE INDICAÇÃO!

Conhecer o Caminho das Pipas era um plano antigo. Mas não estava preparada para a beleza que encontrei por lá. Se posso te dar um conselho, faz agora esse passeio. Voltei com uma sensação maravilhosa de energia renovada e de carinho, sabe?

As trilhas do Camping Wolff são encantadoras! O engraçado é que tinha ido pra lá de sandália tratorada (pros não iniciados, é aquele salto de borracha que parece a roda de um trator). Impossível caminhar, né?

É. Aí foi só tirar os sapatos e fazer de pé no chão! Não era tempo de rosetas, tá tudo bem!

A nascente do córrego é pertinho dali. A água é própria pra banho e para beber. Estava turva por conta da chuva.

O espaço para almoço. Foi servido um peixe maravilhoso, pescado no próprio açude do camping. E a maionese do Tiago, um dos irmãos, gente, é deliciosa!

O açude. Preciso comentar do cuidado com que os Ostjen mantêm desse lugar?

Um sítio familiar e tranquilo, que serve refeições caseiras (você só precisa reservar antes), tem açudes para pesca e duas cachoeiras maravilhosas, além de um riacho com água potável e fresca, que permite o banho. Fone/Whatsapp: (51) 99742-7172. Ingresso R$ 5 (ou R$ 12, com pernoite). A pesca é por quilo, e as refeições vão de R$ 15 a R$ 28. Trabalham de segunda a segunda, de janeiro a janeiro, das 7h às 22h.